Categoria: Artigos

  • ESPERANÇA – A grande virtude

    ESPERANÇA – A grande virtude

    Por Maristela Guimarães

    A Esperança é uma virtude que nos protege contra o desânimo e dá alento em qualquer circunstância. Em toda e qualquer situação devemos esperar e perseverar até o fim. É isso o que nos ensina a Santa Igreja. E esse ensinamento, baseado na Bíblia e na história do povo de Deus, deve ser levado como uma lição para a vida toda. Por diversas vezes, durante nossa jornada, nos sentimos tristes e abatidos. Nos dias de hoje o desânimo torna-se ainda maior com as notícias da TV, rádio ou internet, notícias de violência, guerra, doenças, pobreza, corrupção causam tristeza e desesperança. Nessa hora em que estamos frágeis e desconsolados, a Palavra de Deus, as orações, vida em comunidade, encontrar tempo de fazer algo pelo outro, tudo isso age como um remédio contra o que de ruim vemos, ouvimos e acabamos absorvendo. Se você se sente abatido por tanta evidência do que é ruim, faça o exercício de ter o contato com o que é bom e útil. Faça a experiência de alimentar sua mente com o que é saudável. “Quanto ao mais, irmãos, ocupai-vos com tudo o que é verdadeiro, digno de respeito ou justo, puro amável ou honroso, com tudo o que é virtude ou louvável.” Fl 4,8

    O Bem irá prevalecer contra o Mal. Isso já está estabelecido na natureza. Infelizmente, o que é bom não vira notícia. As pessoas não comentam o que os outros fazem de bom e interessante. Contrariando a ordem, não nos ocupamos do que é digno o tempo todo. Fato que nos traz muito sofrimento e desesperança.

    Agora que estamos na época da Páscoa, tempo de transformação, poderíamos fazer a promessa e firmar o compromisso de transformar nosso pensamento e atitudes. O cristão deve ser o primeiro a espalhar o bem, a fazer o que é bom. O cristão é aquele que vive a Esperança e também leva a Esperança onde quer que esteja: Casa, trabalho, escola, comunidade. Palavras e atitudes de alento e cuidado, Esperança e Fé, animam o espírito. A todo o momento devemos nos recordar das promessas de Nosso Senhor Jesus Cristo, que sustentam nossa Esperança. Nada será em vão.

    Mas precisamos manter a guarda para não deixar que a Esperança ceda lugar para a dúvida, ceticismo, desespero e indiferença. Nesse tempo de preparação para a Páscoa, rezemos juntos para que nossa comunidade possa manter a Esperança e Fé, através da participação nos Sacramentos, nas Orações e no conhecimento e prática da Palavra de Deus.

    Fonte: Bíblia Sagrada – Tradução da CNBB / Catecismo da Igreja Católica

  • Paternidade responsável é justa e generosa ponderação

    Paternidade responsável é justa e generosa ponderação

    Assessor da CNBB afirma que paternidade responsável é justa e generosa ponderação

    Quarta-feira, 28 Janeiro 2015 – 15:15 Créditos: Jornal O SÃO PAULO – Edição 3036

    Por Rafael Alberto
    Assessor da Comissão para a Vida e a Família da CNBB, Padre Rafael Fornasier falou com exclusividade a O SÃO PAULO sobre declarações que o Papa Francisco fez recentemente sobre controle da natalidade e paternidade responsável. Padre Rafael explica que os “métodos naturais” sofrem preconceitos por parte de professores e médicos, e garante que juventude bem orientada já faz planejamento familiar corretamente.

    O SÃO PAULO – O que o Papa quis dizer quando afirmou que católico não deve “procriar feito coelho”?

    Padre Rafael Fornasier – Para quem honestamente seguiu o fio das declarações do Papa Francisco durante e logo após sua viagem à Ásia, esta expressão não indica nem oposição às famílias numerosas nem muito menos concessão aos métodos artificiais de contracepção. A expressão apareceu durante a entrevista do Papa no voo de volta de sua viagem, num tom bastante coloquial. Ela se insere no contexto mais amplo da abertura à vida na vida conjugal, como realização humana – pessoa e social – e espiritual. Sobre essa abertura à vida, o Papa se pronunciou há alguns meses, ao apontar que o Matrimônio é fundado sobre a fidelidade, a perseverança e a fecundidade. E fez críticas à mentalidade contemporânea do bem-estar utilitarista que exclui os filhos (em inglês Double Income, No Kids – DINKS).

    Valorizando, inclusive, o Beato Paulo VI, certo?

    O Papa tem retomado várias vezes a figura do Beato Paulo VI como profética, ao se opor, na Encíclica Humanae Vitae, a um controle de natalidade permeado de interesses escusos, que não visa realmente o bem da família. Em seu discurso às famílias em Manila, em sua audiência ao retornar de sua viagem, e, recentemente, na mensagem para o Dia Mundial das Comunicações Sociais, o Papa afirmou enfaticamente o fato que a família é um recurso e um bem para a sociedade. E que a família numerosa não é o problema da pobreza na Ásia ou em qualquer outro lugar, mas, é “um sistema econômico que exclui” o causador da pobreza. Somente neste contexto, e em relação a uma adequada noção de paternidade responsável, se pode entender por que o Papa afirma que, para ser um bom católico, não há um dever cristão de procriação em série.

    Qual o significado de paternidade responsável?

    O número 10 da Humanae Vitae diz o seguinte: “Em relação às condições físicas, econômicas, psicológicas e sociais, a paternidade responsável exerce-se tanto com a deliberação ponderada e generosa de fazer crescer uma família numerosa, como com a decisão, tomada por motivos graves e com respeito pela lei moral, de evitar temporariamente, ou mesmo por tempo indeterminado, um novo nascimento.” Portanto, a paternidade responsável é a justa e generosa ponderação, diante das condições físicas, econômicas, psicológicas e sociais, sobre a acolhida ou não de mais vidas no seio da família. Pode levar muitas famílias a decidir por muitos filhos, como também a evitá-los, mesmo por tempo indeterminado (que pode durar toda a vida do casal), por razões graves ligadas àquelas condições elencadas acima.

    Os métodos naturais não fazem, também, com que a relação sexual se feche para a vida?

    A doutrina da Igreja sobre a paternidade responsável, desde a Humanae vitae até as atuais declarações do Papa Francisco, propõe uma regulação da natalidade segundo o ritmo natural da fecundidade humana. Tal regulação da natalidade passou a ser vivida por muitos católicos em todo o mundo através dos chamados métodos naturais, dentre eles, o mais amplamente divulgado e empregado é o método de Billings, reconhecido pela Organização Mundial da Saúde e proposto também pelo Ministério da Saúde do Brasil. Tais métodos (Billings, temperatura basal, cristalização da saliva, toque do colo do útero etc.) têm grande respaldo científico e são aplicados e indicados por milhares de ginecologistas e outros profissionais da saúde. Contudo, em todo o mundo, estudantes de medicina e profissionais da saúde, bem como famílias que querem empregar esses métodos, reclamam do fato deles serem tratados com desprezo e até ridicularização por parte de professores, outros profissionais da saúde e famílias que usam métodos contraceptivos.

    Que explicação o senhor daria para esse preconceito?

    A primeira constatação a ser feita sobre esses tipos de reação é o grande desconhecimento (inclusive de professores universitários) de tais métodos. A segunda é o enorme interesse financeiro que existe por trás da venda dos contraceptivos. Por fim, cabe ressaltar que a orientação sexual veiculada por muitos meios de comunicação e escolas está centrada quase que somente no prazer, por meio de mensagem contraceptiva e sanitarista. Por outro lado, os métodos naturais propõem que se vá além: englobando um esforço contínuo de amadurecimento afetivo-sexual, eles buscam a responsabilidade da relação sexual no horizonte de um projeto a dois e de família. Deixam o casal sempre abertos à vida, mesmo quando se unem durante os períodos inférteis da mulher. Ou seja, eles não incidem na fertilidade do casal, como o fazem os métodos contraceptivos, mas apenas respeitam o ritmo biológico que se abre e se fecha a vida. Como disse o Papa Francisco, esses são “soluções lícitas”. Isso é a paternidade responsável. “Isto é claro e por isso, na Igreja, há os movimentos matrimoniais, há os especialistas no assunto, há os pastores, e investiga-se.” Todos são capazes de serem acompanhados e formados nesse caminho.

    Mas com a cultura atual, os jovens conseguem seguir essa orientação?

    Dizer que isso é impossível para os casais jovens da atualidade é desconhecer que muitos o praticam e o transmitem, com grande fiabilidade e respaldo científico, como já dissemos. Querer também impor os métodos de uma hora para outra na vida conjugal de muitos casais católicos que não o vivem também é um erro segundo a moral cristã. O aprendizado exige crescimento gradual (lei da gradualidade) com o auxílio dos outros e a graça de Deus, para quem assim o acredita. A mensagem sobre os métodos naturais ainda é muito desconhecida por pastores, religiosos e leigos, em grande parte devido ao preconceito que sofre. Caminhar com os jovens namorados, com os jovens casais ou casais com alguns anos de vida requer abertura e paciência para se adentrar no tema, que pode ser compreendido e vivido.

  • A arte de ser Catequista

    A arte de ser Catequista

    Entrevistas por Cristiane Cordeiro e Simone Cotrufo França
    catequistas2015

    Mais um ano se inicia e com ele as formações religiosas. Catequese infantil, de adultos e Crisma.
    E como é bom saber que podemos contar com nossos catequistas! Leigos que ouviram o chamado de Deus para a missão de levar Sua Palavra de vida e amor. Ser catequista é uma vocação!
    O chamado a ser catequista não é algo pessoal, mas obra divina, graça. A missão do catequista está na raiz da palavra ‘catequese’, que vem do grego ‘katechein’ e quer dizer ‘fazer eco.
    Catequista é aquele/la que se coloca a serviço da palavra, que se faz instrumento para que a palavra ecoe. O Senhor o chama para que, através da sua vida, da sua pessoa, da sua comunicação, a palavra seja proclamada, Jesus Cristo seja anunciado e testemunhado.
    E para começarmos a nos familiarizar com nossa equipe de catequese, vamos então conhecer algumas catequistas de nossa Paróquia, pessoas maravilhosas, que realizam esse trabalho voluntário tão importante de amor e fé.

    1)     Nome completo
    Iris Cagiali Soares – Catequista de crianças
    Eliane Martin Garcia – Catequista de Jovens
    Maria do Socorro Amaral – Catequista de Adultos

    2)     Profissão
    Iris: Dedico-me exclusivamente aos cuidados do lar
    Eliane: Auxiliar de Dentista
    Maria do Socorro: Professora

    3)     Quanto tempo é catequista?
    Iris: Dois anos
    Eliane: Um Ano
    Maria do Socorro: Quarenta anos, sendo trinta na catequese infantil e dez na catequese de adultos.

    4)     O que mais gosta em ser catequista?
    Iris: Gosto do contato com as crianças e de poder falar da minha fé, de Jesus para essas crianças. Adoro crianças. Tenho muita afinidade com elas. E poder falar do que acredito para elas é muito bom.
    Eliane: Ver a evolução de cada crismando e a relação de carinho que temos com eles. Aprendi muito com eles também.
    Maria do Socorro: É reconhecer o amor infinito de Deus, que me concedeu a vocação de ser Porta Voz da sua palavra para levar a Boa Notícia a todos que desejam encontrá-lo. É reconhecer que, a seu tempo, Deus vai chamando a todos que não o conhece para um encontro definitivo com Ele, transformando-os com seu amor de Pai. É ver que o meu trabalho tem dado bons êxitos através da força do Espírito Santo de Deus. Gosto de ver o interesse e o entusiasmo dos catequizandos. A medida que vão progredindo na Palavra de Deus vão testemunhando e partilhando os efeitos que a catequese vem realizando em suas vidas. Gosto de estar com meu grupo, partilhando com eles a amizade e a alegria de sermos bons amigos. Sou madrinha de vários catequizandos, fruto da nossa amizade.

    5)     Além de ser catequista, você participa de outra pastoral? Qual?
    Iris: Sim. Participo também da pastoral familiar, da liturgia e das Equipes de Nossa Senhora, que é um movimento em busca da espiritualidade conjugal.
    Eliane: Sim. Ministros, saúde e agora batismo.
    Maria do Socorro: Sim. Faço parte da Pastoral da Saúde onde procuro ver no enfermo o próprio Cristo sofredor necessitado do nosso amor e carinho. Também faço parte da Legião de Maria, que muito me ensina a ser catequista.

    6)     O que fez você escolher ser catequista da Primeira Eucaristia/Crisma/Adulto?
    Iris: Porque evangelizar essas crianças é muito importante nos dias de hoje
    Eliane: O amor que tenho por adolescentes e a vontade de ingressar estes jovens na igreja.
    Maria do Socorro: Optei em ser catequista de adultos por um chamado de Deus para atender os adultos que vinham do curso de noivos para serem preparados para o batismo e primeira eucaristia. Caminhando com essa turma, apareceram muitos adultos a procura da catequese. No início algumas catequistas se apresentaram para o trabalho com adultos, mas logo deixaram o “cargo”. Hoje a catequese de adultos conta com apenas 2 catequistas e graças a Deus tem sido um trabalho abençoado, embora sacrificado. A catequese tem gerado bons frutos para Igreja e para a família. O Pe. Beto vem dando muito apoio e com seu amor e carinho realizou neste ano o Primeiro Casamento Comunitário de casais casados somente no civil. Estou muito feliz com a opção de que fiz e agradecida a Deus por me escolher e me dar saúde para continuar lutando em 2015 em prol dos irmãos que serão evangelizados, pois, faço tudo com amor e carinho para a glória de Deus.

    7)     Qual a mensagem que você gostaria de deixar para seus catequizandos de 2014/2015?
    Iris: Um Deus maravilhoso os aguarda. Venha conhecê-lo através da catequese!
    Eliane: Que valeu muito passar este ano com eles e que Deus sempre esteja na frente das vidas deles e acima de tudo que a melhor coisa que podemos ter é a presença de Deus em nossas vidas, pois com Ele tudo fica mais fácil e acima de tudo que sigam seus caminhos na igreja.
    Maria do Socorro: Deus é nosso Pai e sabe exatamente oq eu precisamos e o que é bom para nós porque seu amor é infinito. Somente Jesus Cristo é o sentido da nossa vida. Meu irmão e minha irmã, se vocês não foram batizados, não fizeram a primeira eucaristia e crisma, venham fazer uma caminhada com Jesus, e, através da Catequese de adultos a partir dos 18 anos, fazer uma experiência de vida com Ele. Verá seu coração transformado! Cristo é a felicidade. Jesus te chama, Jesus te ama e quer você bem pertinho Dele. Pense nisso.

    A todos os catequistas de nossa paróquia, os atuais e aqueles que já passaram por aqui, o nosso MUITO OBRIGADO. Vocês enchem nosso coração do amor de Deus, transformam nossas vidas e nos mostram o bom caminho. Que Deus os abençoe sempre, que o Espírito Santo os ilumine cada vez mais e que nossa mãezinha do céu os proteja e os impulsione a cada dia para que vocês não desanimem nunca e possam levar a palavra de Deus aos quatro cantos de nossa comunidade.

  • Dia mundial dos enfermos

    Dia mundial dos enfermos

    Por Maristela Guimarães

    11 de fevereiro, dia consagrado a Nossa Senhora de Lourdes, também é o Dia Mundial dos Enfermos.

    Essa data foi instituída pela Papa João Paulo II em 1992, propondo um momento de reflexão quanto à condição sofrida dos doentes e também convocando-nos a exercitar a caridade.

    De acordo com o dicionário, enfermidade significa “alteração mais ou menos grave da saúde”.

    Quem de nós já não precisou de ajuda em um momento de doença?

    Talvez fosse algo menos grave, como uma gripe que nos faz sentir muito cansados e destruídos. Ou então uma doença grave dentro da sua casa, que entristece e angustia toda a família na espera infinita de saber se o tratamento foi eficiente ou não?

    Em qualquer um dos casos, estar doente é uma circunstância que pode afetar a qualquer um de nós, independentemente da idade, classe social, condição financeira, sexo, colocando-nos na mesma condição: precisar da caridade do irmão mais próximo.

    O Papa Francisco, em sua mensagem aos enfermos no ano passado, lembrou que Jesus Cristo não se poupou do sofrimento e dessa forma deu esperança renovada a todos os que sofrem. Mas cada um dos cristãos é responsável por levar essa esperança a todos que estejam precisando. O Papa Francisco disse: ¨Quando nos aproximamos com ternura daqueles que precisam de cura, levamos a esperança e o sorriso de Deus às contradições do mundo. Quando a dedicação generosa aos demais se torna estilo das nossas ações, damos lugar ao Coração de Cristo e por Ele somos aquecidos, oferecendo assim a nossa contribuição para o advento do Reino de Deus. ¨

    Não são somente os médicos, enfermeiros ou cuidadores os responsáveis pelos nossos doentes. Devemos manter nossos olhos e ouvidos bem abertos para perceber como poderemos contribuir para esta missão. Talvez seu vizinho esteja indisposto hoje, talvez a vizinha tenha quebrado o pé e não possa ir ao mercado. Talvez alguém perto de você esteja acamado e muito triste sem esperanças e precise de alguns minutos da sua atenção. Talvez amanhã nós mesmos precisaremos que alguém seja caridoso e nos conceda um pouco de seu tempo e atenção.

    Peçamos a intercessão de Nossa Senhora de Lourdes, para que possamos seguir seu exemplo de doação e ternura e que possamos ser sensíveis às necessidades dos doentes ao nosso redor. Façamos uma oração também, muito especial, aos médicos, enfermeiros, cuidadores, familiares e todos aqueles que dedicam seu tempo, conhecimento, e paciência para transformar um dos momentos mais difíceis da vida em uma experiência de amor. Nossa Senhora de Lourdes: Rogai por nós.

    Fontes: Dicionário Michaelis / Vaticano

  • O Milagre da Multiplicação

    O Milagre da Multiplicação

    Por Simone Cotrufo França

    O domingo da caridade nada mais é que o Milagre da Multiplicação dos tempos modernos.

    Contrariando as leis matemáticas, onde partilhar significa divisão, nas leis de Deus, partilhar significa multiplicação e se partilharmos com amor e compromisso, a partilha se torna exponenciação (ou potenciação como preferir).

    Precisamos assumir o compromisso da partilha. O domingo da caridade beneficia uma grande quantidade de pessoas necessitadas, porém, se todos nós levarmos um alimento beneficiaremos muito mais. Não podemos deixar ninguém passar fome, isso é inadmissível nos dias de hoje para a realidade de nossa paróquia.

    Nossa igreja conta com grupos específicos que distribuem alimentos de forma organizada e monitorada, nada é desperdiçado, tudo é muito bem dividido. Os Vicentinos e o MAT fazem visitas relugares às famílias beneficiadas com cestas básicas e possuem tudo registrado.

    A nossa igreja ajuda diversas instituições, entre elas a Casa Santa Clara, que acolhe migrantes doentes e dependentes químicos.

    Pense como é bonito esse gesto da partilha. Aquele simples alimento que você levou será como um bálsamo na vida de uma criança que passa fome, de um pai desempregado, de uma mãe desesperada sem saber como alimentar seus filhos, de um doente incapacitado de trabalhar….Com um gesto simples e pouco custo você dará alivio e alegria pra muita gente. E com certeza Deus irá voltar seu olhar para você e o abençoará.

    Façamos nosso Milagre da Multiplicação. O domingo da caridade acontece todo terceiro domingo do mês.

  • Entrevista com Pe. Paco – Missionário da consolata

    Entrevista com Pe. Paco – Missionário da consolata

    1 – Quantos anos tem de sacerdócio?

    – No ano próximo, em março, farei 35 anos de sacerdócio.

    2 – Quando teve a certeza de que queria ser Padre? Qual era a sua idade? Teve apoio da sua família?

    – Ao fim de junho de 1972, num retiro vocacional dos Missionários da Consolata, durante a hora de adoração eu compreendi que Deus me chamava. Até esse momento eu não queria ser sacerdote. Nesse momento que experimentei o chamado de Deus eu estava disposto a fazer qualquer coisa que Ele me pedisse. Nesse momento me sentia o homem mais feliz do mundo.

    – Eu tinha 18 anos.

    – Eu queria deixar os estudos universitários e entrar na Consolata. Faltava-me um ano para concluir. Meu pai me pediu para que acabasse os estudos. Obedeci meu pai. Nesse último ano de universidade eu tinha que demonstrar para meu pai com a vida e não com as palavras que a minha vocação era uma coisa séria. Quase um ano depois ele começou a falar comigo sobre a minha vocação. Meu pai e minha mãe queriam que eu fosse feliz e se ser missionário era a minha vocação e, por tanto, a minha felicidade, me disseram “adiante”!

    3 – Porque escolheu ser Padre missionário? Não sentiu medo ou aperto no coração, pois essa escolha significa ficar não somente longe da família, mas também de seu país de origem, sua cultura?

    – Eu não escolhi ser padre missionário. Eu não queria ser sacerdote. Desde o momento que senti o chamado de Deus naquela hora de adoração da qual falei antes, eu nunca mais tive dúvidas sobre quem havia feito a escolha: Deus queria, e eu aceitei!

    – Naquele momento eu não senti medo, mas uma grandíssima felicidade. Sem dúvida eu experimentei a presença de Deus na minha vida, todo o seu amor. Não posso esquecer esse momento, que daquela hora em adiante ficou como uma luz inesquecível na minha vida. A experiência daquele instante eclipsava qualquer outra coisa, tudo parecia secundário de fronte a experiência de Deus, do Seu amor, da Sua presença! Eu lembro que naquele mesmo momento que senti o seu chamado, confiei a ele a única preocupação que tinha no meu coração: confiei a Ele o meu irmão caçula, ao qual eu deveria ajudar nos seus estudos universitários. Desse momento em adiante eu não me preocupei mais. Um ano depois daquele retiro, exatamente um mês antes de entrar na Consolata, meu pai teve seu salário quadruplicado, pois era injustamente baixo, éramos pobres. Somente algum tempo depois, lembrando esse aumento de salário do meu pai e o meu pedido a Deus que Ele pensasse em meu irmão, compreendi que Deus, chamando-me, não só me fazia experimentar todo o Seu amor, mas também tomava conta da minha família. E quem melhor que Ele podia cuidar da minha família? E disto tenho tantas provas e experiências desde aquele momento até o dia de hoje!

    4 – Para quais países já foi em missão?

    – Depois da minha ordenação sacerdotal me pediram para trabalhar na animação vocacional na Espanha. Depois de um ano fui nomeado reitor do nosso seminário teológico de Madrid, do qual tinha saído uma vez ordenado um ano antes. Fiquei no seminário seis anos.

    Da Espanha fui destinado a iniciar a nossa primeira missão na Ásia, na Coreia do Sul, junto a outros três missionários. Cada um era de uma nacionalidade diversa. Aí fiquei 18 anos.

    Representei nossos missionários que trabalham na Coreia no Capítulo Geral que teve lugar em São Paulo. Neste Capítulo fui escolhido como Conselheiro Geral de nossa congregação religiosa. Assim deixei Coreia e fui viver em Roma por seis anos. Desde Roma, devido ao serviço chamado a desenvolver em favor de meus irmãos missionários, tive a fortuna de visitar muitos países onde a nossa congregação está presente.

    – Acabado esse período de serviço, quando esperava a nova destinação (eu pensava que provavelmente iria voltar para a Coreia), me disseram que precisavam de mim no Brasil, no seminário teológico que temos em São Paulo. Eu respondi em seguida que sim, que viria contente. E aqui estou desde então, há três anos.

    5 – Quanto tempo em média se fica em missão?

    – Não existem períodos marcados para a nossa destinação. Quando vamos a um país como missionários, no coração devemos ter esta certeza: aqui é onde Deus me envia, este é e será meu país e meu povo a partir de agora. Quando Deus quiser, através dos superiores, dirá ou não que precisa de mim em outro lugar. Assim foi para mim até agora. Eu estou no Brasil sem “data de caducidade”, até que Deus quiser.

    6 – Qual foi o país mais difícil de adaptar?

    – Foi a Coreia. Tudo era novo e diferente daquilo que eu conhecia: sabores, cheiros, cores, cultura, língua, comida, tudo! Pensem que a língua coreana é considerada pela UNESCO uma das línguas mais difíceis do mundo! O primeiro ano eu pensava que não conseguiria nunca gostar da comida coreana. Durante os primeiros oito anos eu estava quase convencido que nunca apreenderia bem a língua coreana. Mas a certeza que Deus nos queria nessa terra e o amor do povo coreano fizeram o milagre. A acolhida e generosidade deste povo são extraordinários, fizeram mais fácil o exercício da paciência, nos fizeram sentir em casa, nos ajudaram a compreender as costumes, hábitos típicos da sua cultura. Depois do primeiro ano, a comida deixou de ser um problema. A língua, não obstante defeitos de pronúncia ou de compreensão de certos termos mais técnicos, chegou a ser o instrumento normal de comunicação sem grandes dificuldades.

    7 – Quantos padres missionários há no Brasil atualmente?

    – Em torno de 50 missionários estão trabalhando em Brasil. Sem contar os 20 que trabalham na região amazônica (Roraima e Manaus).

    8 – Como é a rotina de um padre missionário? O trabalho é o mesmo em todos os lugares aonde vai?

    – Depende da atividade que a comunidade desenvolve: se é uma comunidade que trabalha numa paróquia, ou em seminário, ou entre os povos indígenas, ou numa missão do interior.

    9 – Com que frequência um padre missionário pode visitar sua família? São férias anuais?

    – Normalmente se trabalha em outro continente ou longe do seu país. Saímos de férias a cada três anos por dois ou três meses. É um tempo para estar com a família, descansar, fazer algum curso de renovação, fazer um chek-up na saúde, fazer animação missionária na sua cidade e redondezas. Depende do missionário e das necessidades que ele tem.

    ” Muito obrigado Pe. Paco pela disponibilidade em dar seu lindo testemunho de vida. Sua história é animadora, linda e um exemplo de fé e perseverança para todos os cristãos. Vamos juntos rezar para que Deus continue abençoando esse lindo e necessário trabalho dos padres missionários.”

     

  • Noite Cultural – Volta ao mundo em duas horas

    Noite Cultural – Volta ao mundo em duas horas

    Por Simone Cotrufo França

    O ano era 2014 e o dia 25 de outubro. Lembro como se fosse hoje!

    Era um sábado à noite e eu estava andando pelas ruas de Rudge Ramos. De repente um portal se abriu na minha frente, já havia outras pessoas no local e mais pessoas iam chegando. Não entendi muito bem a principio, pois haviam muitas raças misturadas, cada qual falando em sua língua natal. Porém todos se entendiam. Bem à minha frente, lindas jovens africanas dançavam seguidas por uma luta de capoeira demonstrada por fortes meninos também africanos.  Acabada a luta, gringos, hermanos e brasileiros tomaram conta do lugar. Vimos as três Américas em uma só viagem.  Logo que chegamos ao Brasil fomos arremessados para a Europa e lindas damas europeias apareceram:  uma charmosa francesa, duas sedutoras espanholas, uma encantadora menina portuguesa, uma fantástica italiana e uma maravilhosa alemã, rodeadas por lindas donzelas que agitavam “pompons” feitos com as cores de cada país. Falaram-nos das belezas e riquezas daquele continente e ficamos inebriados com aquele lugar.

    Como num passe de mágica, fomos transportados para a Oceania. Vimos o povo, os monumentos, a natureza, os animais. Conhecemos a cultura local e as comidas típicas. Passamos por Sidney e pelos pequenos países rodeados pelo mar. Uma viagem inesquecível.

    Mal havíamos retornado da Austrália, alguns Asiáticos nos abordaram e fomos tele transportados para a China onde nos ofereceram gafanhotos e outras iguarias. Apresentaram-nos seu país e falaram de tecnologia. Um verdadeiro banho de informações. Quando mencionei que era católica eles ficaram espantados, pois essa religião é a minoria naquele país. Foi quando eu “acordei” e me dei conta de quanta gente ainda precisa ouvir a Boa Nova do Cristo.  Quanta gente a minha volta, ou num país longínquo nunca teve a oportunidade de saber que Cristo já nos libertou, que estamos salvos!

    Aos poucos fui voltando à realidade e, por fim, pude ouvir a voz do Pe. Beto que dizia: “Nós somos convidados a sermos um. A unidade é fundamental. Precisamos ser essa igreja peregrina que anuncia. É muito bom ver todos esses sinais culturais que compõe a bonita diversidade de nosso mundo onde somos chamados a anunciar o evangelho. Somos chamados a ser missionários, se não podemos estar fisicamente em outros lugares, devemos estar unidos em oração”.

    O Pe. Beto revelou também que no terceiro andar do Centro Comunitário teremos um Centro Missionário, onde iremos ajudar na formação de missionários da diocese e do mundo afora. Anunciou ainda que nossos jovens sairão em missão em breve. Irão partir para a Igreja São João Batista da cidade de Mauá e que, num futuro próximo, nós iremos receber os jovens daquela região.

    Fiquei encantada com tudo que vi, ouvi e senti naquela noite.

    Rezamos para os cinco continentes e recebemos uma benção especial do Pe. Cleidson. E depois de achar que foi tudo um sonho, percebi que era realidade, pois fomos levados para degustar especialidades de cada continente. Foi uma noite maravilhosa, com pessoas queridas e do bem. Gente que, apesar da correria do dia-a-dia, encontrou um tempinho para dividir seus talentos com os irmãos.

    Agradecemos a TODOS que participaram. Aos Jovens africanos que, na verdade, eram os jovens da Juventude Missionária. Aos Americanos que eram da Pastoral da Crisma. Aos europeus que pertencem à Catequese e ao Coral. Aos aborígenes Australianos que são da Pastoral da Família e aos exóticos e tecnológicos Asiáticos que fazem parte do Grupo de Oração Voz no Deserto. E a todos que nos brindaram com sua encantadora presença.

    Foi uma grande noite. Uma noite de descobertas e, principalmente, uma noite de reflexão.

    “IDE PELO MUNDO TODO E ANUNCIAI O EVANGELHO A TODA CRIATURA!”

  • PASCOM – Pastoral da Comunicação

    Por Cristiane Cordeiro Alves para o Boletim Comunidade São João Batista de outubro de 2014

    A Missão da Pastoral da Comunicação é: “Testemunhar e anunciar o Evangelho de Jesus Cristo”.
    A Pastoral da Comunicação testemunha e anuncia o Evangelho de Jesus Cristo, promovendo a comunhão e a participação ativa no processo comunicacional e consolidando a missão da Igreja por meio da comunicação.
    “É a pastoral do ser e estar em comunhão com a comunidade. É a pastoral da acolhida, da participação, das inter-relações humanas, da organização solidária e do planejamento democrático do uso de recursos e instrumentos de comunicação” (doc. 75 – Igreja e Comunicação – CNBB)
    A Pastoral da Comunicação é o organismo que deve aproximar-se dos meios de Comunicação e colocá-los a serviço da divulgação da mensagem de Cristo, proclamando a partir dos telhados (cf MT. 10, 27; Lc 12,3) a mensagem da qual é depositária.
    E João Paulo II confirmou este anseio da Igreja quando disse que “não é suficiente usar os meios de comunicação para difundir a mensagem cristã e o Magistério da Igreja, mas é necessário integrar a mensagem nesta “nova cultura” criada pelas modernas comunicações… Com novas linguagens, novas técnicas, novas atitudes psicológicas”. (Redemtoris Missio).
    A PASCOM tem como objetivo principal consolidar a missão da Igreja por meio da comunicação.
    A Pastoral da Comunicação pode e deve ajudar a Igreja a cumprir o mandado de Cristo, “que amemo-nos uns aos outros.” (1Jo 3,11). Para que se cumpra este pedido é preciso aproximar as pessoas, criar um ambiente dialógico e de respeito mútuo, aproveitando a diversidade de dons para a edificação da comunidade.
    Essa pastoral, portanto, procura ajudar na integração da comunidade e ao mesmo tempo, participar da ação da comunidade na sociedade, sem perder de vista a construção do Reino a que somos chamados por Cristo.
    A outra dimensão da Pastoral da Comunicação aponta para a relação da Igreja com todos os diversos segmentos da sociedade e os diferentes meios de comunicação. Nessa relação, a
    Igreja se utiliza de todos os instrumentos possíveis para cumprir sua missão.
    Desse modo a Pastoral da Comunicação se coloca a serviço das demais pastorais, animando-as e tendo como referencial programático a Pastoral do Conjunto.
    Hoje, em nossa Paróquia, podemos contar com o site www.paroquiasaojoaobatista.com.br, com a página no Facebook Paróquia São João Batista – Rudge Ramos, e agora também com o informativo que hoje está recebendo.
    A PASCOM tem como meta ampliar ainda mais os horizontes da comunicação em nossa Paróquia. Para isso já conta com projetos futuros que serão importantes ferramentas de comunicação e evangelização.

    “O Senhor, que deseja continuar se comunicando para que todos se salvem”, continua desejando chegar a diversos lugares para falar a diferentes públicos por meio dos diferentes instrumentos de comunicação. Esse é o papel da PASCOM!

    “O objetivo da comunicação é criar comunhão.”

    Que o Espírito Santo nos ilumine para que a exemplo de nosso Padroeiro São João Batista, possamos anunciar a Cristo através dos diversos meios de comunicação!