Tempo de Alegria e Esperança


Retirado do jornal paroquial O Precursor edição Dezembro de 2014

Estamos chegando ao final de mais um ano. Muito temos para agradecer, por isso nossa atitude é de “ação de graças”pelas maravilhas alcançadas.

Nossos olhos já contemplam as novas realidades e desafios que iremos enfrentar neste novo período, que logo mais estaremos iniciando.

Tendo a oportunidade de acompanhar o organograma e planejamento pastoral de nossa comunidade paroquial, tivemos a oportunidade de ver com que entusiasmo, sucesso as atividades pastorais que foram realizadas.

Muitos momentos de esperança e alegria, encontros e festas.

Porém, não fomos poupados do calvário, da cruz e da própria morte. Mas com São Paulo, vamos rearmando “em tudo somos vencedores”. Nossa meta é o Cristo, vivo e presente, e é Ele que é a nossa fortaleza.

Todo ano inicia-se e termina coroado com a grande Solenidade da Encarnação do Verbo (é Natal), tempo de acolher o novo e repensar os passos para eternizar a Palavra de Deus que se faz carne para solidificar a nossa humanidade.

No divino e no eterno nos encontramos.

Assim, vamos entrelaçando a nossa existência, com o projeto amoroso de Deus para todos nós, lhos e lhas muito amados.

Neste caminho de buscas e encontros, vamos celebrando o tempo litúrgico, onde somos introduzidos no Mistério.

Um Deus que se debruça para nos alcançar, um Deus que se faz humano para se comunicar plenamente.

Um Deus que vem ao nosso encontro, fala conosco, indica os caminhos e nos espera onde Ele mesmo nos chamou na sua misericórdia.

Já no limiar deste novo ano, vamos abrindo os nossos ouvidos para acolher o Evangelho de Jesus, narrado por São Lucas. Logo no primeiro capítulo encontramos este belo cântico do “Benedictus”, por meio de Zacarias (pai de João Batista), louvando e agradecendo a este Deus que visita o seu povo.

O canto inicia-se com um louvor a Deus por ter dado Jesus ao mundo (Lc 1,68-69) e por realizar as promessas feitas por meio dos profetas (Lc 1,70-75).

Logo após, bendiz a Deus pelo o que vai acontecer com o menino (João), cuja missão é preparar os caminhos para Jesus (Lc 1,76-77), o “Sol nascente que nos veio visitar” (Lc 1,78-79).

Jesus é a fonte de salvação no meio da humanidade.

E é isso que os anjos vão anunciar no seu nascimento: “Nasceu hoje para vós um Salvador” (Lc 2,11). Por isso o nome “Jesus”, que signica: “o Senhor salva”. Jesus salvará o povo dos seus pecados.

Com o “Benedictus” recuperamos o verdadeiro culto, não baseado em rituais frios já condenados pelos profetas (Is 1,10-16; Jr 14,12; Am 5,21-25), mas a celebração da vida baseada na justiça em relação aos irmãos e na santidade em relação a Deus.

Jesus é a fonte de salvação no meio da humanidade. E é isso que os anjos vão anunciar no seu nascimento: “Nasceu hoje para vós um Salvador” (Lc 2,11). Por isso o nome “Jesus”, que signica: “o Senhor salva”.

Jesus salvará o povo dos seus pecados.

Aí encontramos também a missão de João Batista, que é ir à frente, não como mestre, mas preparando os caminhos para o Mestre. Ele será a voz que clama no deserto e preparará o caminho do Senhor (Lc 3,4-6).

Um tema muito bonito podemos já elencar para este ano: a compaixão do nosso Deus. Ser movido pela compaixão (ir às entranhas de Deus). Lucas vai trabalhar este tema da compaixão em três ocasiões especiais no seu Evangelho.

Aprendemos com Jesus, ao ver e se encontrar com a viúva de Naim (Lc 7,13); somos questionados pela atitude do bom samaritano, ao ver o homem caído na beira do caminho (Lc 10,33); interpela-nos a compaixão do pai dos dois lhos, ao ver o lho mais novo retornando (Lc 15,20).

É esta a compaixão de Deus que O leva a vir visitar o seu povo e compadecer-se diante das suas misérias e necessidades.

Hoje pensando a nossa ação eclesial, entendemos que a nossa missão deve ser a mesma de João Batista, ou seja, preparar os caminhos para que Jesus possa nascer em tantos corações endurecidos.

Anunciar Jesus onde ainda não se ouviu falar da sua mensagem.

Jesus quer nascer na vida das pessoas que sofrem, das pessoas que estão excluídas, dos machucados pelos descaminhos da vida.

São nestes ambientes de irmãos e irmãs que Jesus quer nascer como Salvador cheio de misericórdia.

Sempre é bom lembrar, e mais ainda, favorecer para que em nossos grupos, esta mensagem de Jesus possa ser conhecida e amada.

Desejamos que nossa comunidade paroquial esteja sempre mais comprometida com estas propostas de Jesus, e ela seja sempre mais uma comunidade em missão, em saída como diz o Papa Francisco.

Pronta para anunciar e fortalecida para vivenciar os desaos do Evangelho.

Neste tempo de agradecimento e cumprimentos, desejosos de melhores dias e realizações, esperamos que, como comunidade, possamos ser “sinais” vivos da bondade, da misericórdia, da mansidão e da justiça, que somente Deus poderá nos cumular na sua misteriosa presença redentora.

Que Deus nos ilumine e nos proteja, seja para nós fonte de vida nova.

Que o Senhor nos conduza, mostre-nos o caminho e nos cumule de alegria e paz.

 

Fraternalmente,
Pe. Roberto Alves Marangon, Pároco
“O menor entre vós”

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