Palavra do Padre
O Tempo vai passando, mais um ano estamos iniciando, mais uma etapa da nossa história vamos construindo. Grandes e pequenos desafios vão se apresentando, momentos de sombras, momentos de luz.
Acredito que é tempo de falar de esperança. Fomos visitados por grandes conflitos humanos nos mais distintos setores da nossa convivência. Catástrofes e respostas da natureza ameaçada já são vistos e sentidos por todo o nosso planeta.
Olhar para o nada, para o absurdo e desanimar? Jamais! Somos cristãos e nossa esperança vai além dos momentos de crucificação e de dor. Somos filhos e filhas do vibrante canto da feliz ressurreição. O Senhor restaura, Ele dá vigor e vida nova.
Não somos redimidos pela força da natureza ou pela tecnologia que atônitos vislumbramos. A ciência nos ensina a interpretar os acontecimentos que estão a nossa volta. Deus nos ensina a olhar para além das aparências e sentidos. Somos redimidos sim pelo amor, somos reintegrados pela gratuidade do ser que amando não conhece limite para o exercício do amor-caridade.
Como afirma o Papa Bento XVI: “O ser humano necessita do amor incondicionado. Precisa daquela certeza que o faz exclamar: “Nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Rm 8,38-39)” (SpS 26).
Com Jesus ao nosso lado, caminhos seguros, certos do que devemos fazer. Ele não nos decepciona, Ele nos assegura a redenção, a remis-são dos pecados e a vida nova que há de vir.
Se estivermos distanciados, isolados, fracos na fé, sem esperança, caminharemos no escuro e nosso existir será uma estrada insegura, cheia de ilusões passageiras, devaneios, do nada sairemos e no absurdo permaneceremos.
Agora é o tempo de conhecer mais profunda-mente o Deus verdadeiro, Jesus Cristo nosso único Senhor e vivermos no amor emanado no Espírito Santo que nos revela as maravilhas da essência da verdadeira divindade.
“Precisamos de esperanças menores e maiores que, dia após dia, nos mantêm a caminho. Entretanto, sem a grande esperança que deve superar todo o resto, aquelas não bastam. Esta grande esperança só pode ser Deus, que abraça o universo e nos pode propor e dar aquilo que, sozinhos, não podemos conseguir. Deus é o fundamento da esperança – um Deus que tem um rosto humano e nos amou até o fim: cada indivíduo e a humanidade no seu conjunto. O seu reino não é um além imaginário, colocado num futuro que nunca mais chega; o seu reino está presente onde Ele é amado e onde o seu amor nos alcança. Somente o seu amor nos dá a possibilidade de perseverar com toda a sobriedade dia após dia, sem perder o ardor da esperança, num mundo que por natureza, é imperfeito.” (SpS 31)
Queridos e amados, irmãos e irmãs, caminhemos firmes nesta esperança e nesta alegria temos certeza que nossos dias serão de paz e verdadeira felicidade.
Muitas e especiais bênçãos!
Pe. Roberto Alves Marangon
Administrador da Paróquia São João Batista e
Vigário Geral da Diocese de Santo André