Por Simone Cotrufo França
O ano era 2014 e o dia 25 de outubro. Lembro como se fosse hoje!
Era um sábado à noite e eu estava andando pelas ruas de Rudge Ramos. De repente um portal se abriu na minha frente, já havia outras pessoas no local e mais pessoas iam chegando. Não entendi muito bem a principio, pois haviam muitas raças misturadas, cada qual falando em sua língua natal. Porém todos se entendiam. Bem à minha frente, lindas jovens africanas dançavam seguidas por uma luta de capoeira demonstrada por fortes meninos também africanos. Acabada a luta, gringos, hermanos e brasileiros tomaram conta do lugar. Vimos as três Américas em uma só viagem. Logo que chegamos ao Brasil fomos arremessados para a Europa e lindas damas europeias apareceram: uma charmosa francesa, duas sedutoras espanholas, uma encantadora menina portuguesa, uma fantástica italiana e uma maravilhosa alemã, rodeadas por lindas donzelas que agitavam “pompons” feitos com as cores de cada país. Falaram-nos das belezas e riquezas daquele continente e ficamos inebriados com aquele lugar.
Como num passe de mágica, fomos transportados para a Oceania. Vimos o povo, os monumentos, a natureza, os animais. Conhecemos a cultura local e as comidas típicas. Passamos por Sidney e pelos pequenos países rodeados pelo mar. Uma viagem inesquecível.
Mal havíamos retornado da Austrália, alguns Asiáticos nos abordaram e fomos tele transportados para a China onde nos ofereceram gafanhotos e outras iguarias. Apresentaram-nos seu país e falaram de tecnologia. Um verdadeiro banho de informações. Quando mencionei que era católica eles ficaram espantados, pois essa religião é a minoria naquele país. Foi quando eu “acordei” e me dei conta de quanta gente ainda precisa ouvir a Boa Nova do Cristo. Quanta gente a minha volta, ou num país longínquo nunca teve a oportunidade de saber que Cristo já nos libertou, que estamos salvos!
Aos poucos fui voltando à realidade e, por fim, pude ouvir a voz do Pe. Beto que dizia: “Nós somos convidados a sermos um. A unidade é fundamental. Precisamos ser essa igreja peregrina que anuncia. É muito bom ver todos esses sinais culturais que compõe a bonita diversidade de nosso mundo onde somos chamados a anunciar o evangelho. Somos chamados a ser missionários, se não podemos estar fisicamente em outros lugares, devemos estar unidos em oração”.
O Pe. Beto revelou também que no terceiro andar do Centro Comunitário teremos um Centro Missionário, onde iremos ajudar na formação de missionários da diocese e do mundo afora. Anunciou ainda que nossos jovens sairão em missão em breve. Irão partir para a Igreja São João Batista da cidade de Mauá e que, num futuro próximo, nós iremos receber os jovens daquela região.
Fiquei encantada com tudo que vi, ouvi e senti naquela noite.
Rezamos para os cinco continentes e recebemos uma benção especial do Pe. Cleidson. E depois de achar que foi tudo um sonho, percebi que era realidade, pois fomos levados para degustar especialidades de cada continente. Foi uma noite maravilhosa, com pessoas queridas e do bem. Gente que, apesar da correria do dia-a-dia, encontrou um tempinho para dividir seus talentos com os irmãos.
Agradecemos a TODOS que participaram. Aos Jovens africanos que, na verdade, eram os jovens da Juventude Missionária. Aos Americanos que eram da Pastoral da Crisma. Aos europeus que pertencem à Catequese e ao Coral. Aos aborígenes Australianos que são da Pastoral da Família e aos exóticos e tecnológicos Asiáticos que fazem parte do Grupo de Oração Voz no Deserto. E a todos que nos brindaram com sua encantadora presença.
Foi uma grande noite. Uma noite de descobertas e, principalmente, uma noite de reflexão.
“IDE PELO MUNDO TODO E ANUNCIAI O EVANGELHO A TODA CRIATURA!”