Formar famílias ou trabalhar para destruí-las?

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“Congresso promulga emenda que torna o divórcio imediato”

No próximo mês de agosto estaremos celebrando a “Semana da Família” nas comunidades católicas. Tempo muito oportuno de refletir e agir em prol da constituição familiar neste tempo repleto de contradições.

Com grande sofrimento vemos a instituição familiar sendo atacada de todas as formas. Os valores familiares estão sendo colocados a distância do verdadeiro sentido da união conjugal, destinada a formar uma nova sociedade de forma natural e humana.

Aqueles que deveriam ser os protagonistas de uma ética natural, comunitária, são os primeiros a propagar imagens e modelos de famílias desajustadas, obstruídas na sua essência da sua finalidade primeira.

O amor já por muito tempo banalizado. Onde deveria ser fonte de união de realização mútua hoje se torna obsoleto, dando lugar ao corpo, cada vez mais vulgarizado e explorado. A beleza da criação, a preciosidade do dom de Deus – hoje é simplesmente utilizada como fonte de prazer desenfreado.

Atrocidades se cometem em nome do amor. Violências tomam conta dos noticiários, reafirmando que as maiores barbaridades estão inseridas em grupos onde Deus não tem mais o seu lugar principal.

Numa sociedade sem Deus, encontraremos somente o sofrimento e a dor. Precisamos resgatar este desejo de construirmos uma nova sociedade, alicerçada na fé, na esperança e na certeza que somente assim teremos um futuro digno pela frente.

Mais uma vez , vemos os nossos legisladores trabalhando contra a família. “O congresso promulga a emenda que torna o divórcio imediato”. Sabemos sim, que muitos casais nunca deveriam ter casado, porém devemos dar tempo ao tempo, amadurecer nas ações e não vulgarizar a lei, ou os mecanismos de união civil.

Vamos trabalhar por leis que favoreçam o amadurecimento das ações que comprometam o futuro da família e da vida humana e que resguardem os valores familiares e por que não dizer cristãos. Somos uma nação cristã – católica. Não podemos legislar como se fossemos pagãos ou sem cultura e raiz religiosa.

Da maneira como vemos, a vida está sendo cada vez mais banalizada. Valemos muito e não podemos descartar as pessoas como objetos em nossa vida. Queremos uma sociedade amadurecida e formada pela ética verdadeira e participativa.

O mais urgente é formar cidadãos comprometidos, bem educados, cuidados em suas necessidades elementares. Aí sim, teremos a possibilidade de formar famílias verdadeiras e lutar para que elas se tornem expressão viva do amor criacional do Senhor em nossos dias.

Pe. Roberto Alves Marangon
Comissão Diocesana em Defesa da Vida
Diocese de Santo André.

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