Espírito Santo, grande sinal de auxilio e gratidão aos que crêem.


Queridos irmãos, Pentecostes têm uma importância especial para nós, católicos, e para nossa Igreja como um todo. O dia de Pentecostes é recordado e celebrado pela Igreja para agradecer a promessa deixada a nós por Jesus, de enviar o Espírito Santo Paráclito, fazendo-o presença auxiliadora em Deus. O Paráclito pode ser entendido como auxiliador (vem grego) ou defensor (latim), portanto, não é Espírito que age por si mesmo (cf. Jo 16,13), mas age na comunhão de Deus uno e trino: Pai, Filho e Espírito Santo.

A palavra Pentecostes é de origem grega que significa cinqüenta. Os 50 dias após o dia da Páscoa quer iluminar os apóstolos e toda a igreja a testemunhar uma nova criação, a partir da fé no Cristo Ressuscitado. Demonstra a alegria dos que estão vendo e ouvindo do Cristo vivo presente a todos que crêem: Pois para vós é a promessa, assim como para vossos filhos e para todos aqueles que estão longe, isto é, para quantos o Senhor, nosso Deus, chamar (At 2,39).

Nesta mesma alegria e gratidão, somos convidados, como cristãos, a testemunhar que este mesmo Espírito dá vida a nós, e a toda criação (cf. Sl 33,6). De modo que o Espírito é que todas as coisas comungam umas com as outras, é o elo e laço, união da biodiversidade do universo leva a criação não só a desabrochar; mas a amadurecer e chegar a desígnios divinos1. Por isso precisamos do seu Espírito, para reconhecer a fartura que nos sacia do que temos. Como, também, o que nos falta a aprender, do que ainda somos necessitados e não conseguimos fazer por si mesmos.

Assim meus caríssimos, a fé, este dom tão precioso, é a porta de entrada, a valorizar o nosso batismo, porto seguro no Pai, pelo Espírito Santo que nos foi dado, e nos faz reconhecer algo maior: E ninguém pode dizer: “Jesus é o Senhor” a não ser no Espírito Santo (1Cor 12,3). Que Pentecostes seja um marco para nós cristãos, que nos ajude a estarmos livres, pela nossa escolha da fé, mas atentos à ação de Deus em nossas vidas, em nossa Igreja e no mundo.

O amor de Deus que Jesus comunicou em palavras, ações e gestos, faz também que diversos povos, pelos testemunhos dos apóstolos, se unam numa só linguagem (cf. At 2,5-11). Mesmo vivendo as intempéries dos nossos tempos, cresce cada vez mais os limites humanos, porém, o dom da fé mostra-nos que a nossa força vem de Deus, e sermos escolhidos para tal missão, de testemunharmos os bens recebidos de Deus, faz-nos crer em um mundo novo, possível: Vós sois testemunhas disso. Eis que enviarei sobre vós o que meu Pai prometeu. Por isso, permanecei na cidade até serdes revestidos da força do alto (Lc 24,48-49).

1 Texto-base da Campanha da Fraternidade 2011. p.85-86
Pe. Leandro Alves de Figueredo
Vigário Paroquial

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