Comunicação é mais que meio


Prossegue Seminário de formação para bispos no Rio de Janeiro

O I Seminário de Comunicação para Bispos do Brasil (SECOBB), no Centro de Estudos e Formação Sumaré, no Rio de Janeiro, abordou na manhã dessa quarta-feira os temas “Processos e Meios: uma introdução ao fenômeno da comunicação” e “Evolução dos modelos da comunicação e a construção dos sentidos”.

Palestraram aos 62 bispos presentes os professores Elson Faxina, da Universidade Federal do Paraná, e Mauro Wilton de Souza, da Escola de Comunicação e Arte (ECA/USP – São Paulo).

Segundo informa o portal da arquidiocese do Rio de Janeiro, os professores deram ênfase ao fato de que a comunicação é, antes de tudo, um processo social. De acordo com eles, é preciso compreender a sociedade em que se vive, pois não dá pra falar de comunicação sem que se situe o indivíduo historicamente.

“Comunicar passou a ser a própria forma de subsistir”, disse o conferencista Mauro Wilton.

Já o professor Elson Faxina disse que “hoje a comunicação é muito mais que meio. É cultura. Os meios são, agora, uma forte instituição. É o momento da pluralização de imagens”.

As abordagens revelaram que a sociedade está diante de um novo paradigma, o ciberespaço: onde não há mais a verticalização do emissor, porque todo receptor é emissor também.

De acordo com os conferencistas, essa nova realidade social demanda uma necessidade de conexão com o virtual para que se esteja em contato com os indivíduos.

“Se eu não estou conectado, minha capacidade interativa é muito menor”, destacou Mauro Wilton.

A abrangência comunicacional que o celular proporciona foi destacada. As redes sociais também foram especialmente citadas como aquelas que resgatam o conceito de comunidade, as novas formas contemporâneas do estar junto.

“As novas mídias socializam tudo, são mediadoras culturais de um processo em trânsito”, afirmou o professor da ECA.

Crimes na internet

No período da tarde, os bispos discutiram o tema “Cibercultura, redes sociais e crimes na internet”.

A delegada Helen Sardenberg, da Polícia Civil, Titular da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática, quis mostrar aos bispos quais são as práticas mais recorrentes de crimes pela internet.

Ela disse que não existe uma prática única e específica de delito pela rede. Segundo a delegada, os crimes mais frequentes são contra a honra: calúnia, difamação e injúria.

A delegada afirmou que a prevenção contra os crimes é de responsabilidade de todos: pais, educadores, iniciativa privada e poder público.

Após a apresentação, os bispos se dividiram em grupos para refletir como poderiam repassar aos sacerdotes e leigos a importância de se trabalhar os valores e a ética no mundo da cibercultura e das redes sociais.

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