Autor: Webmaster

  • O Milagre da Multiplicação

    O Milagre da Multiplicação

    Por Simone Cotrufo França

    O domingo da caridade nada mais é que o Milagre da Multiplicação dos tempos modernos.

    Contrariando as leis matemáticas, onde partilhar significa divisão, nas leis de Deus, partilhar significa multiplicação e se partilharmos com amor e compromisso, a partilha se torna exponenciação (ou potenciação como preferir).

    Precisamos assumir o compromisso da partilha. O domingo da caridade beneficia uma grande quantidade de pessoas necessitadas, porém, se todos nós levarmos um alimento beneficiaremos muito mais. Não podemos deixar ninguém passar fome, isso é inadmissível nos dias de hoje para a realidade de nossa paróquia.

    Nossa igreja conta com grupos específicos que distribuem alimentos de forma organizada e monitorada, nada é desperdiçado, tudo é muito bem dividido. Os Vicentinos e o MAT fazem visitas relugares às famílias beneficiadas com cestas básicas e possuem tudo registrado.

    A nossa igreja ajuda diversas instituições, entre elas a Casa Santa Clara, que acolhe migrantes doentes e dependentes químicos.

    Pense como é bonito esse gesto da partilha. Aquele simples alimento que você levou será como um bálsamo na vida de uma criança que passa fome, de um pai desempregado, de uma mãe desesperada sem saber como alimentar seus filhos, de um doente incapacitado de trabalhar….Com um gesto simples e pouco custo você dará alivio e alegria pra muita gente. E com certeza Deus irá voltar seu olhar para você e o abençoará.

    Façamos nosso Milagre da Multiplicação. O domingo da caridade acontece todo terceiro domingo do mês.

  • Re­pou­sar é pre­ciso

    Re­pou­sar é pre­ciso

    Em ge­ral, todo fi­nal de ano leva a gente a pen­sar em des­canso ou em “me­re­ci­das fé­rias”. No meu tempo de es­tu­dante, ha­via um pro­fes­sor que, ao che­gar ao fi­nal do ano le­tivo, di­zia: “as fé­rias são bem-vindas, mas, se não fo­rem bem apro­vei­ta­das, po­de­rão tra­zer abor­re­ci­men­tos… Saindo além do ritmo nor­mal, fa­cil­men­tese cai no re­la­xa­mento e na omis­são de cer­tos de­ve­res ina­diá­veis…

    No Evan­ge­lho, se­gundo Ma­teus, Je­sus convida-nos a ca­mi­nhar sem can­sar: “Vinde a mim vós que es­tais can­sa­dos e fa­ti­ga­dos sob o peso dos vos­sos far­dos, e eu vos da­rei des­canso” (Mt 11, 28 – 30).

    Não são pou­cos os que vi­vem hoje so­bre­car­re­ga­dos de tra­ba­lho, desgastando-se ao longo dos dias, das se­ma­nas, dos me­ses e dos anos. Por isso, ao che­gar o pe­ríodo de fé­rias do ve­rão, to­dos bus­cam, de uma ma­neira ou de ou­tra, um tempo de des­canso ou de pas­sa­tempo que os ajude a se li­ber­ta­rem das ten­sões e dos can­sa­ços acu­mu­la­dos ao longo dos dias.

    Nos­sas ener­gias esgotam-se, por­que que­re­mos e pre­ci­sa­mos es­tar li­ga­dos a tudo. Com a mo­der­ni­dade e a alta tec­no­lo­gia na co­mu­ni­ca­ção, fi­ca­mos por den­tro de tudo o que acon­tece perto e longe de nós. Tudo nos en­volve e, de al­guma forma, nos toca. Sentimo-nos um pouco res­pon­sá­veis por aquilo que acon­tece no mundo… Sem fa­lar da la­buta diá­ria para ga­nhar o pão de cada dia ou para ob­ter um pouco mais de qua­li­dade de vida. Tudo isso é po­si­tivo, mas tam­bém nos leva a nos ques­ti­o­nar: até que ponto vale a pena vi­ver se­ma­nas e se­ma­nas numa cor­re­ria fre­né­tica?

    A vida passa num ins­tante. É pre­ciso vi­ver com qua­li­dade de vida. Ex­pe­ri­men­tar a vida, vi­ver e con­vi­ver com quem ca­mi­nha lado a lado co­nosco: nossa fa­mí­lia, os co­le­gas de tra­ba­lho, os ami­gos.

    O tempo do des­canso pla­ne­jado e aguar­dado ajuda-nos a re­or­ga­ni­zar nossa agenda in­te­rior, nossa re­gra de vida, a re­com­por nos­sas for­ças e a dar a de­vida im­por­tân­cia ao que de fato é im­por­tante em nossa vida.

    Mas o que é des­can­sar? É su­fi­ci­ente re­cu­pe­rar nos­sas for­ças fí­si­cas, to­mando sol du­rante al­gu­mas ho­ras na praia de al­gum lindo mar? Co­nhe­cer be­los lu­ga­res? Será que basta es­que­cer nos­sos pro­ble­mas e con­fli­tos, mer­gu­lha­dos no ruído e no ba­ru­lho de nos­sas fes­tas e noi­ta­das? Ao re­tor­nar das fé­rias, não pou­cos sen­tem em seu in­te­rior a sen­sa­ção de tê-las per­dido, ou até, vol­tam mais can­sa­dos do que quando co­me­ça­ram as fé­rias. Acon­tece que tam­bém nas fé­rias po­de­mos cair na ti­ra­nia da agi­ta­ção, do ruído, da su­per­fi­ci­a­li­dade e da an­si­e­dade do des­frute fá­cil e es­go­tante. En­tão, que tipo de fé­rias de­ve­mos es­co­lher? O que re­al­mente fará res­tau­rar o co­ra­ção e aju­dará a ser­mos pes­soas me­lho­res?

    Nem to­dos sa­bem des­can­sar. Você já pa­rou para pen­sar na im­por­tân­cia de des­can­sar? Já per­ce­beu que o des­canso é tam­bém um dom pre­ci­oso? E que deve ser bem apro­vei­tado? É co­mum acon­te­cer que ao re­tor­nar­mos das fé­rias, as pes­soas de nosso con­ví­vio es­pe­ram en­con­trar em nós pes­soas mais sau­dá­veis, mais se­re­nas, mais tran­qui­las. As fé­rias de­vem pro­por­ci­o­nar esse re­no­vado es­tado de es­pí­rito. Para isso é ne­ces­sá­rio encontrar-nos pro­fun­da­mente co­nosco mes­mos e bus­car o si­lên­cio, a calma e a se­re­ni­dade de es­pí­rito que tan­tas ve­zes nos fal­tam du­rante o ano, para es­cu­tar o me­lhor que há den­tro de nós e ao nosso re­dor.

    Pre­ci­sa­mos lem­brar que uma vida in­tensa não é uma vida agi­tada. Que­re­mos ter tudo, açam­bar­car tudo e des­fru­tar de tudo. Rodeamo-nos de mil coi­sas su­pér­fluas e inú­teis que afo­gam nossa li­ber­dade e es­pon­ta­nei­dade. Pre­ci­sa­mos re­des­co­brir a be­leza da na­tu­reza, con­tem­plar a vida que brota perto de nós. Os pás­sa­ros que can­tam sem se pre­o­cu­par, pois o Pai do céu cuida tam­bém de­les, ou o per­fume da rosa que gra­tui­ta­mente es­pa­lha sua be­leza e for­mo­sura, ou a som­bra amiga de ár­vo­res ge­ne­ro­sas…

    É pre­ciso des­co­brir que a fe­li­ci­dade tem pouco a ver com o pra­zer fá­cil. Lembremo-nos, en­fim, de que o sen­tido úl­timo da vida se re­vela a nós com mais cla­ri­dade na festa, na ale­gria com­par­ti­lhada, na ami­zade e na con­vi­vên­cia fra­terna. Mas, além disso, pre­ci­sa­mos en­rai­zar nossa vida em Deus “amigo da vida”, fonte do ver­da­deiro e de­fi­ni­tivo des­canso. Com Ele em nosso co­ra­ção o des­canso será res­tau­ra­dor. É pos­sí­vel o ser hu­mano des­can­sar sem encontrar-se com Deus? (cf. J.A. Pa­gola, o ca­mi­nho aberto por Je­sus, Vo­zes, 2013 — Pe­tró­po­lis, págs. 147 – 149). Nesse sen­tido, es­pero que te­nha­mos fé­rias ale­gres e res­tau­ra­do­ras.

    Apro­veito a oca­sião para de­se­jar a to­dos os que­ri­dos lei­to­res e lei­to­ras de “A Boa No­tí­cia” um fe­liz e santo Na­tal, bem como um Novo Ano re­pleto de gra­ças e bên­çãos do Prín­cipe da Paz.

    Dom Nel­son Wes­trupp, scj

    Bispo Di­o­ce­sano de Santo An­dré

  • Sentido do Advento

    Sentido do Advento

    ACI Digital

    «O Advento e o Natal experimentaram um incremento de seu aspecto externo e festivo profano tal que no seio da Igreja surge, da própria fé, uma aspiração a um Advento autêntico: a insuficiência desse ânimo festivo por si só se deixa sentir, e o objetivo de nossas aspirações é o núcleo do acontecimento, esse alimento do espírito forte e consistente do qual nos fica um reflexo nas palavras piedosas com as quais nos felicitamos nas festas. Qual é esse núcleo da vivência do Advento?

    Podemos tomar como ponto de partida a palavra «Advento»; este termo não significa «espera», como poderia se supor, mas é a tradução da palavra grega parusia, que significa «presença», ou melhor, «chegada», quer dizer, presença começada. Na antigüidade era usado para designar a presença de um rei ou senhor, ou também do deus ao qual se presta culto e que presenteia seus fiéis no tempo de sua parusia. Ou seja, o Advento significa a presença começada do próprio Deus. Por isso, nos recorda duas coisas: primeiro, que a presença de Deus no mundo já começou, e que ele já está presente de uma maneira oculta; em segundo lugar, que essa presença de Deus acaba de começar, ainda que não seja total, mas está em processo de crescimento e amadurecimento. Sua presença já começou, e somos nós, os crentes, que, por sua vontade, devemos fazê-lo presente no mundo. É por meio de nossa fé, esperança e amor que ele quer fazer brilhar a luz continuamente na noite do mundo. De modo que as luzes que acendamos nas noites escuras deste inverno sejam ao mesmo tempo consolo e advertência: certeza consoladora de que «a luz do mundo» já foi acesa na noite escura de Belém e transformou a noite do pecado humano na noite santa do perdão divino; por outra parte, a consciência de que esta luz somente pode – e somente quer – seguir brilhando se é sustentada por aqueles que, por ser cristãos, continuam através dos tempos a obra de Cristo. A luz de Cristo quer iluminar a noite do mundo através da luz que somos nós; sua presença já iniciada deve seguir crescendo por meio de nós. Quando na noite santa soe uma e outra vez o hino Hodie Christus natus est, devemos recordar que o início que foi produzido em Belém deve ser em nós início permanente, que aquela noite santa é novamente um «hoje» cada vez que um homem permite que a luz do bem faça desaparecer nele as trevas do egoísmo (…) a criança – Deus nasce ali onde se obra por inspiração do amor do Senhor, onde se faz algo mais que intercambiar presentes.

    Advento significa presença de Deus já começada, mas também apenas começada. Isto implica que o cristão não olha somente o que já foi e o que aconteceu, como também ao que está por vir. Em meio a todas as desgraças do mundo, tem a certeza de que a semente de luz segue crescendo oculta, até que um dia o bem triunfará definitivamente e tudo lhe estará submetido: no dia em que Cristo retorne. Sabe que a presença de Deus, que acaba de começar, será um dia presença total. E esta certeza o faz livre, o dá um apoio definitivo (…)».

    Alegrai-vos no Senhor

    (…) «”Alegrai-vos, uma vez mais vos digo: alegrai-vos”. A alegria é fundamental no cristianismo, que é por essência evangelium, boa nova. E, entretanto, é ali onde o mundo se equivoca, e sai da Igreja em nome da alegria, achando que a Igreja a tira do homem com todos os seus preceitos e proibições. Certamente, a alegria de Cristo não é tão fácil de ver como o prazer banal que nasce de qualquer diversão. Mas seria falso traduzir as palavras: «Alegrai-vos no Senhor» por estas outras: «Alegrai-vos, mas no Senhor», como se na segunda frase se quisesse recordar o afirmado na primeira. Significa simplesmente «alegrai-vos no Senhor», já que o apóstolo evidentemente crê que toda verdadeira alegria está no Senhor, e que fora dele não pode haver nenhuma. E de fato é verdade que toda alegria que se dá fora dele ou contra ele não satisfaz, mas que, ao contrário, arrasta o homem a um redemoinho no qual não pode estar verdadeiramente contente. Mas isso aqui nos faz saber que a verdadeira alegria não chega até que não a traz Cristo, e que do que se trata em nossa vida é de aprender a ver e compreender a Cristo, o Deus da graça, a luz e a alegria do mundo. Pois nossa alegria não será autêntica até que deixe de apoiar-se em coisas que podem ser-nos arrebatadas e destruídas, e se fundamente na mais íntima profundidade de nossa existência, impossível de ser-nos arrebatada por força alguma do mundo. E toda perda externa deveria fazer-nos avançar um passo rumo a essa intimidade e fazer-nos mais maduros para nossa vida autêntica.

    Assim se passa a ver que os dois quadros laterais do tríptico de Advento, João e Maria, apontam ao centro, a Cristo, desde o qual são compreensíveis. Celebrar o Advento significa, dizendo mais uma vez, despertar para a vida a presença de Deus oculta em nós. João e Maria nos ensinam a fazê-lo. Para isso, devemos andar por um caminho de conversão, de afastamento do visível e aproximação ao invisível. Andando esse caminho somos capazes de ver a maravilha da graça e aprendemos que não há alegria mais luminosa para o homem e para o mundo que a da graça, que apareceu em Cristo. O mundo não é um conjunto de penas e dores, toda a angústia que exista no mundo está amparada por uma misericórdia amorosa, está dominada e superada pela benevolência, o perdão e a salvação de Deus. Quem celebre assim o Advento poderá falar com razão da celebração natalina: feliz bem-aventurada e cheia de graça. E conhecerá como a verdade contida na felicitação natalina é algo muito maior do que esse sentimento romântico dos que a celebram como uma espécie de diversão de carnaval».

    Estar preparados…

    «No capítulo 13 que Paulo escreveu aos cristãos em Roma, diz o Apóstolo o seguinte: “A noite vai muito avançada e já se aproxima o dia. Despojemo-nos, pois, das obras das trevas e vistamos as armas da luz. Andemos decentemente e como de dia, não vivendo em orgias e bebedeiras, nem em devassidão e libertinagem, nem em rixas e ciúmes, antes vesti-vos do Senhor Jesus Cristo…” Segundo isso, Advento significa colocar-se de pé, despertar, sacudir-se do sono. Que quer dizer Paulo? Com termos como “orgias, bebedeiras, devassidão e libertinagem” expressou claramente o que entende por «noite». As orgias noturnas, com todos seus acompanhamentos, são para ele a expressão do que significa a noite e o sono do homem. Esses banquetes se convertem para São Paulo em imagem do mundo pagão em geral que, vivendo de costas para a verdadeira vocação humana, se afunda no material, permanece na escuridão sem verdade, dorme apesar do ruído e da agitação. A orgia noturna aparece como imagem de um mundo estragado. Não devemos reconhecer com espanto quão freqüentemente descreve Paulo desse modo nosso paganizado presente? Despertar-se do sono significa sublevar-se contra o conformismo do mundo e de nossa época, sacudir-nos, com valor, para a virtude e a fé, sono que nos convida a nos desentendermos de nossa vocação e nossas melhores possibilidades. Talvez as canções do Advento, que escutamos de novo esta semana, tornem-se sinais luminosos para nós, mostrem-nos o caminho e nos permitam reconhecer que há uma promessa maior que a do dinheiro, do poder e do prazer. Estar despertos para Deus e para os demais homens: eis aqui o tipo de vigilância a que se refere o Advento, a vigilância que descobre a luz e proporciona mais claridade ao mundo».

    João Batista e Maria

    «João Batista e Maria são os dois grandes protótipos da existência própria do Advento. Por isso, dominam a liturgia desse período. Olhemos primeiro a João Batista! Está frente a nós exigindo e atuando, exercendo, pois, exemplarmente a tarefa masculina. Ele é o que chama, com todo rigor, à metanóia, a transformar nosso modo de pensar. Quem queira ser cristão deve “mudar” continuamente seus pensamentos. Nosso ponto de vista natural é, desde então, querer afirmar-nos sempre a nós mesmos, pagar com a mesma moeda, colocar-nos sempre no centro. Quem quiser encontrar a Deus deve se converter interiormente uma e outra vez, caminhar na direção oposta. Tudo isso deve se estender também a nosso modo de compreender a vida em seu conjunto. Dia após dia nos topamos com o mundo do visível. Tão violentamente penetra em nós através de cartazes, do rádio, do tráfico e demais fenômenos da vida diária, que somos induzidos a pensar que só existe ele. Entretanto, o invisível é, na verdade, mais excelso e possui mais valor que todo o visível. Uma só alma é, segundo a soberba expressão de Pascal, mais valiosa que o universo visível. Mas, para percebê-lo de forma viva, é preciso converter-se, transformar-se interiormente, vencer a ilusão do visível e fazer-se sensível, afinar o ouvido e o espírito para perceber o invisível. Aceitar esta realidade é mais importante que tudo o que, dia após dia, se projeta violentamente sobre nós. Metanoeite: dai uma nova direção a vossa mente, disponde-na para perceber a presença de Deus no mundo, mudai vosso modo de pensar, considerai que Deus se fará presente no mundo em vós e por vós. Nem sequer João Batista se eximiu do difícil acontecimento de transformar seu pensamento, do dever de converter-se. Quão certo é que este seja também o destino do sacerdote e de cada cristão que anuncia a Cristo, ao qual conhecemos e não conhecemos!»

    Palavras do Cardeal Joseph Ratzinger sobre o Advento

  • Nossa Senhora de Guadalupe e Santa Luzia

    Nossa Senhora de Guadalupe e Santa Luzia

    N. Senhora de Guadalupe – Celebração Eucarística dia 12/12 07h00 e 19h00

    A história da aparição de Nossa Senhora de Guadalupe é belíssima, rica em sinais milagrosos que até hoje os cientistas não conseguem explicar.

    A virgem Maria aparece ao jovem índio Juan Diego no México, no período que missionários espanhóis catequizavam Maias e Astecas.

    Nossa Senhora pede então, que se construa um templo no local, afim de que todos saibam que a Virgem Maria os ama e os ampara. Porém, para tal feito, seria necessária a aprovação do bispo, D. João de Zumárraga, um bispo franciscano vindo da Espanha. O bispo, como era de se esperar, quis averiguar a história do jovem índio, pois, não podia declarar a aparição da virgem sem comprovações. E, é neste momento que Nossa Senhora nos presenteia com seus milagres e sinais indiscutíveis. Ela pede ao jovem índio que entregue um bouquet de rosas ao bispo, rosas essas que só nascem na Espanha, cidade de Dom João de Zumárraga.

    O índio embrulha as rosas em seu manto e, ao entregá-las ao bispo, que ficou maravilhado com as belas rosas, ficou encantado com o que viu gravado no manto do índio que embrulhava as rosas: eis que surge no seu manto a linda pintura milagrosa de Nossa Senhora tal como ela lhe apareceu. A particularidade mais impressionante dessa pintura é que, os olhos da virgem Maria de Guadalupe refletem as pessoas diante dela, e os olhos de uma das figuras refletidas, a do bispo Zumárraga, refletem por sua vez a figura do índio Juan Diego abrindo seu manto e mostrando a imagem da Virgem que ficou gravada.

    O bispo então acreditou e acompanhou Juan ao local designado por Nossa Senhora.

    Em 1910 o Papa São Pio X proclamou Nossa Senhora de Guadalupe “Padroeira da América Latina”, e em 1945, o Papa Pio XII a proclamou “Imperatriz da América Latina”.

    Que Nossa Senhora de Guadalupe abençoe nossa América, faça florescer lindas e perfumadas rosas nos corações daqueles que oprimem o povo e transforme o nosso futuro em uma linda pintura.

    Santa Luzia – Padroeira dos Médicos Oftalmologistas e daqueles que possuem problemas de visão. Celebração Eucarística 13/12 às 16h00 com a Benção dos Olhos

    Santa Lúcia de Siracusa (± 283 – † 304), mais conhecida simplesmente por Santa Luzia (santa de luz), foi uma jovem siciliana, nascida numa família rica de Siracusa na Itália, tendo recebido ótima formação cristã, ao ponto de Luzia ter feito um voto de viver virgindade perpétua. Com a morte do pai, Luzia soube que sua mãe a queria casada com um jovem de distinta família, porém pagão.

    Nessa ocasião, sua mãe adoece gravemente e Luzia, que era devota de Santa Águeda, leva sua mãe à tumba da santa. Milagrosamente, sua mãe recupera a saúde e acaba concordando que a filha seguisse a vida que escolhera, consentindo também, que distribuísse seu rico dote entre os pobres.
    O noivo rejeitado vingou-se, entregando Luzia como cristã ao procônsul. Este ameaçou Luzia de colocá-la no prostíbulo e sua resposta foi: “O corpo se contamina se a alma consente”. Assim sendo, dezenas de soldados tentaram carregá-la, mas o corpo de Luzia pesava muito, nada conseguindo.

    Como isso não deu certo, tentaram depois colocar fogo em seu corpo, mas Luzia fez a seguinte oração: “Ó Senhor Deus, Jesus Cristo meu Rei, não deixai que essas chamas me façam mal algum.” As chamas nada fizeram contra ela, nem mesmo vermelhidão no seu corpo deixaram, e por isso retiraram ela de dentro do fogo. Como tudo isso não havia dado certo, foi lhe aplicado o castigo mais cruel depois da degolação: um soldado, a mando do imperador, arrancou-lhe os olhos de sua face, e entregou os olhos em um prato a Luzia, mas milagrosamente ao entregar o prato com os olhos de Luzia, no rosto da mesma, nasceram-lhe dois lindos olhos, sãos, perfeitos e mais lindos do que os outros. Vendo que nada a convencia de converter-se ao paganismo, deceparam sua cabeça no momento que Luzia dizia: “Adoro a um só Deus verdadeiro, e a ele prometi amor e fidelidade”
    Santa Luzia, não querendo oferecer sacrifício ao deuses e nem quebrar o seu santo voto, foi decapitada em 303, para assim testemunhar com a vida – ou morte – o que disse: “Adoro a um só Deus verdadeiro, e a ele prometi amor e fidelidade”.

    Santa Luzia é invocada como protetora contra as doenças dos olhos. Provavelmente esta conexão se deve ao fato de que o nome Luzia (Lúcia) deriva de lux (=luz), elemento indissolúvel unido não só ao sentido da vista, mas também à faculdade espiritual de captar a realidade sobrenatural. Por este motivo, Dante Alighieri, na Divina Comédia, atribui à Santa Lúcia ou Luzia a função de graça iluminadora. (trecho tirado do site da canção nova).

    Quantas vezes fomos cegos? Quantas vezes nos recusamos a enxergar as necessidades de nossos irmãos? Quantas vezes, nós mesmos arrancamos nossos olhos para atender aos nossos desejos egoístas? Ou então, quantas vezes não fomos luz para quem nos rodeia? Fomos escuros e agourentos, retirando a esperança de nosso próximo? Assim como Santa Luzia, também nós somos convidados a sermos luz e iluminar os caminhos de nossos irmãos. Somos chamados a proclamar as maravilhas que Deus fez por nós. Tenho certeza que você tem sua própria história de milagre para contar. E será a SUA história, que mudará o curso da história de outras pessoas. Devemos sempre dar o exemplo para abrir os olhos daqueles que se ainda não conhecem a Deus.

    Que Santa Luzia abençoe nossos olhos para que possamos enxergar no irmão, a imagem de Deus.

  • Entrevista com Pe. Paco – Missionário da consolata

    Entrevista com Pe. Paco – Missionário da consolata

    1 – Quantos anos tem de sacerdócio?

    – No ano próximo, em março, farei 35 anos de sacerdócio.

    2 – Quando teve a certeza de que queria ser Padre? Qual era a sua idade? Teve apoio da sua família?

    – Ao fim de junho de 1972, num retiro vocacional dos Missionários da Consolata, durante a hora de adoração eu compreendi que Deus me chamava. Até esse momento eu não queria ser sacerdote. Nesse momento que experimentei o chamado de Deus eu estava disposto a fazer qualquer coisa que Ele me pedisse. Nesse momento me sentia o homem mais feliz do mundo.

    – Eu tinha 18 anos.

    – Eu queria deixar os estudos universitários e entrar na Consolata. Faltava-me um ano para concluir. Meu pai me pediu para que acabasse os estudos. Obedeci meu pai. Nesse último ano de universidade eu tinha que demonstrar para meu pai com a vida e não com as palavras que a minha vocação era uma coisa séria. Quase um ano depois ele começou a falar comigo sobre a minha vocação. Meu pai e minha mãe queriam que eu fosse feliz e se ser missionário era a minha vocação e, por tanto, a minha felicidade, me disseram “adiante”!

    3 – Porque escolheu ser Padre missionário? Não sentiu medo ou aperto no coração, pois essa escolha significa ficar não somente longe da família, mas também de seu país de origem, sua cultura?

    – Eu não escolhi ser padre missionário. Eu não queria ser sacerdote. Desde o momento que senti o chamado de Deus naquela hora de adoração da qual falei antes, eu nunca mais tive dúvidas sobre quem havia feito a escolha: Deus queria, e eu aceitei!

    – Naquele momento eu não senti medo, mas uma grandíssima felicidade. Sem dúvida eu experimentei a presença de Deus na minha vida, todo o seu amor. Não posso esquecer esse momento, que daquela hora em adiante ficou como uma luz inesquecível na minha vida. A experiência daquele instante eclipsava qualquer outra coisa, tudo parecia secundário de fronte a experiência de Deus, do Seu amor, da Sua presença! Eu lembro que naquele mesmo momento que senti o seu chamado, confiei a ele a única preocupação que tinha no meu coração: confiei a Ele o meu irmão caçula, ao qual eu deveria ajudar nos seus estudos universitários. Desse momento em adiante eu não me preocupei mais. Um ano depois daquele retiro, exatamente um mês antes de entrar na Consolata, meu pai teve seu salário quadruplicado, pois era injustamente baixo, éramos pobres. Somente algum tempo depois, lembrando esse aumento de salário do meu pai e o meu pedido a Deus que Ele pensasse em meu irmão, compreendi que Deus, chamando-me, não só me fazia experimentar todo o Seu amor, mas também tomava conta da minha família. E quem melhor que Ele podia cuidar da minha família? E disto tenho tantas provas e experiências desde aquele momento até o dia de hoje!

    4 – Para quais países já foi em missão?

    – Depois da minha ordenação sacerdotal me pediram para trabalhar na animação vocacional na Espanha. Depois de um ano fui nomeado reitor do nosso seminário teológico de Madrid, do qual tinha saído uma vez ordenado um ano antes. Fiquei no seminário seis anos.

    Da Espanha fui destinado a iniciar a nossa primeira missão na Ásia, na Coreia do Sul, junto a outros três missionários. Cada um era de uma nacionalidade diversa. Aí fiquei 18 anos.

    Representei nossos missionários que trabalham na Coreia no Capítulo Geral que teve lugar em São Paulo. Neste Capítulo fui escolhido como Conselheiro Geral de nossa congregação religiosa. Assim deixei Coreia e fui viver em Roma por seis anos. Desde Roma, devido ao serviço chamado a desenvolver em favor de meus irmãos missionários, tive a fortuna de visitar muitos países onde a nossa congregação está presente.

    – Acabado esse período de serviço, quando esperava a nova destinação (eu pensava que provavelmente iria voltar para a Coreia), me disseram que precisavam de mim no Brasil, no seminário teológico que temos em São Paulo. Eu respondi em seguida que sim, que viria contente. E aqui estou desde então, há três anos.

    5 – Quanto tempo em média se fica em missão?

    – Não existem períodos marcados para a nossa destinação. Quando vamos a um país como missionários, no coração devemos ter esta certeza: aqui é onde Deus me envia, este é e será meu país e meu povo a partir de agora. Quando Deus quiser, através dos superiores, dirá ou não que precisa de mim em outro lugar. Assim foi para mim até agora. Eu estou no Brasil sem “data de caducidade”, até que Deus quiser.

    6 – Qual foi o país mais difícil de adaptar?

    – Foi a Coreia. Tudo era novo e diferente daquilo que eu conhecia: sabores, cheiros, cores, cultura, língua, comida, tudo! Pensem que a língua coreana é considerada pela UNESCO uma das línguas mais difíceis do mundo! O primeiro ano eu pensava que não conseguiria nunca gostar da comida coreana. Durante os primeiros oito anos eu estava quase convencido que nunca apreenderia bem a língua coreana. Mas a certeza que Deus nos queria nessa terra e o amor do povo coreano fizeram o milagre. A acolhida e generosidade deste povo são extraordinários, fizeram mais fácil o exercício da paciência, nos fizeram sentir em casa, nos ajudaram a compreender as costumes, hábitos típicos da sua cultura. Depois do primeiro ano, a comida deixou de ser um problema. A língua, não obstante defeitos de pronúncia ou de compreensão de certos termos mais técnicos, chegou a ser o instrumento normal de comunicação sem grandes dificuldades.

    7 – Quantos padres missionários há no Brasil atualmente?

    – Em torno de 50 missionários estão trabalhando em Brasil. Sem contar os 20 que trabalham na região amazônica (Roraima e Manaus).

    8 – Como é a rotina de um padre missionário? O trabalho é o mesmo em todos os lugares aonde vai?

    – Depende da atividade que a comunidade desenvolve: se é uma comunidade que trabalha numa paróquia, ou em seminário, ou entre os povos indígenas, ou numa missão do interior.

    9 – Com que frequência um padre missionário pode visitar sua família? São férias anuais?

    – Normalmente se trabalha em outro continente ou longe do seu país. Saímos de férias a cada três anos por dois ou três meses. É um tempo para estar com a família, descansar, fazer algum curso de renovação, fazer um chek-up na saúde, fazer animação missionária na sua cidade e redondezas. Depende do missionário e das necessidades que ele tem.

    ” Muito obrigado Pe. Paco pela disponibilidade em dar seu lindo testemunho de vida. Sua história é animadora, linda e um exemplo de fé e perseverança para todos os cristãos. Vamos juntos rezar para que Deus continue abençoando esse lindo e necessário trabalho dos padres missionários.”

     

  • Fixar o olhar no coração do Pai

    Fixar o olhar no coração do Pai

    Logo no início do mês de novembro, celebramos a Solenidade de todos os Santos e Santas, recordando que, “em Cristo, Deus nos escolheu, antes da fundação do mundo, para sermos santos e íntegros diante dele, no amor” (Ef 1, 4). Na verdade, a santidade é nossa vocação por excelência: “a vontade de Deus é que sejais santos” (1 Ts 4, 3). A santidade consiste em estar com o Senhor para sempre (cf. ibidem, 4, 17). A nossa felicidade plena é Cristo.

    O caminho mais curto e mais luminoso da santidade é a vivência das Bem-aventuranças. Ao proclamar o decálogo da felicidade, Jesus nada mais fez do que revelar sua própria felicidade. Por isso, abraçar com toda a vontade e com todo o coração as Bem-aventuranças significa antecipar ou experimentar já aqui na terra a felicidade do céu.

    Também no início de novembro, comemoramos os Fiéis Defuntos, ocasião especial para rezar por todos os que já partiram para a casa do Pai e para recordar nossa origem, nosso estar no mundo e nosso destino… O peregrinar terreno deve ser vivido em função da passagem para a plenitude da vida, para o abraço amoroso do Pai, para uma nova terra, onde “a morte não existirá mais e não haverá mais luto, nem grito, nem dor, porque as coisas anteriores passaram” (Ap 21, 4).

    O ser humano é muito mais do que o tempo que termina com a morte. Trazemos na essência de nosso ser a vontade de participar da própria vida de Deus. Daí, a importância de perceber o sentido da vida como busca contínua da comunhão com Deus. Com efeito, somos chamados a unir-nos a Deus com todo o nosso ser na perpétua comunhão da incorruptível vida divina (cf. GS, 18).

    Assim sendo, não esmoreçamos ao longo do caminho; ao contrário, fixemos o coração nas coisas do alto, motivando nosso peregrinar na fé e na esperança, dando fecundidade espiritual ao nosso cotidiano viver.

    O desejo ardente do reencontro com os entes queridos que nos antecederam no caminho da fé, alimente nossa saudade do céu, impulsionando-nos a alcançar o que o Pai preparou para os que O amam: “É algo que os olhos jamais viram, nem os ouvidos ouviram, nem coração algum jamais pressentiu” (1 Cor 2, 9).

    O grande segredo da perseverança final é a fidelidade na adesão alegre a Jesus Cristo, fazendo de seu Corpo e Sangue a comida e bebida que matarão nossa fome e saciarão nossa sede. Esta é a única comida e a única bebida que saciarão nossa ânsia de imortalidade.

    Dom Nelson Westrupp, scj
    Bispo Diocesano de Santo André

  • Noite Cultural – Volta ao mundo em duas horas

    Noite Cultural – Volta ao mundo em duas horas

    Por Simone Cotrufo França

    O ano era 2014 e o dia 25 de outubro. Lembro como se fosse hoje!

    Era um sábado à noite e eu estava andando pelas ruas de Rudge Ramos. De repente um portal se abriu na minha frente, já havia outras pessoas no local e mais pessoas iam chegando. Não entendi muito bem a principio, pois haviam muitas raças misturadas, cada qual falando em sua língua natal. Porém todos se entendiam. Bem à minha frente, lindas jovens africanas dançavam seguidas por uma luta de capoeira demonstrada por fortes meninos também africanos.  Acabada a luta, gringos, hermanos e brasileiros tomaram conta do lugar. Vimos as três Américas em uma só viagem.  Logo que chegamos ao Brasil fomos arremessados para a Europa e lindas damas europeias apareceram:  uma charmosa francesa, duas sedutoras espanholas, uma encantadora menina portuguesa, uma fantástica italiana e uma maravilhosa alemã, rodeadas por lindas donzelas que agitavam “pompons” feitos com as cores de cada país. Falaram-nos das belezas e riquezas daquele continente e ficamos inebriados com aquele lugar.

    Como num passe de mágica, fomos transportados para a Oceania. Vimos o povo, os monumentos, a natureza, os animais. Conhecemos a cultura local e as comidas típicas. Passamos por Sidney e pelos pequenos países rodeados pelo mar. Uma viagem inesquecível.

    Mal havíamos retornado da Austrália, alguns Asiáticos nos abordaram e fomos tele transportados para a China onde nos ofereceram gafanhotos e outras iguarias. Apresentaram-nos seu país e falaram de tecnologia. Um verdadeiro banho de informações. Quando mencionei que era católica eles ficaram espantados, pois essa religião é a minoria naquele país. Foi quando eu “acordei” e me dei conta de quanta gente ainda precisa ouvir a Boa Nova do Cristo.  Quanta gente a minha volta, ou num país longínquo nunca teve a oportunidade de saber que Cristo já nos libertou, que estamos salvos!

    Aos poucos fui voltando à realidade e, por fim, pude ouvir a voz do Pe. Beto que dizia: “Nós somos convidados a sermos um. A unidade é fundamental. Precisamos ser essa igreja peregrina que anuncia. É muito bom ver todos esses sinais culturais que compõe a bonita diversidade de nosso mundo onde somos chamados a anunciar o evangelho. Somos chamados a ser missionários, se não podemos estar fisicamente em outros lugares, devemos estar unidos em oração”.

    O Pe. Beto revelou também que no terceiro andar do Centro Comunitário teremos um Centro Missionário, onde iremos ajudar na formação de missionários da diocese e do mundo afora. Anunciou ainda que nossos jovens sairão em missão em breve. Irão partir para a Igreja São João Batista da cidade de Mauá e que, num futuro próximo, nós iremos receber os jovens daquela região.

    Fiquei encantada com tudo que vi, ouvi e senti naquela noite.

    Rezamos para os cinco continentes e recebemos uma benção especial do Pe. Cleidson. E depois de achar que foi tudo um sonho, percebi que era realidade, pois fomos levados para degustar especialidades de cada continente. Foi uma noite maravilhosa, com pessoas queridas e do bem. Gente que, apesar da correria do dia-a-dia, encontrou um tempinho para dividir seus talentos com os irmãos.

    Agradecemos a TODOS que participaram. Aos Jovens africanos que, na verdade, eram os jovens da Juventude Missionária. Aos Americanos que eram da Pastoral da Crisma. Aos europeus que pertencem à Catequese e ao Coral. Aos aborígenes Australianos que são da Pastoral da Família e aos exóticos e tecnológicos Asiáticos que fazem parte do Grupo de Oração Voz no Deserto. E a todos que nos brindaram com sua encantadora presença.

    Foi uma grande noite. Uma noite de descobertas e, principalmente, uma noite de reflexão.

    “IDE PELO MUNDO TODO E ANUNCIAI O EVANGELHO A TODA CRIATURA!”

  • Noite Cultural Missionária 2014 – Vídeos

    https://www.youtube.com/watch?v=YXbJE0J-RWM

    https://www.youtube.com/watch?v=JNbT2tf-vNA

    https://www.youtube.com/watch?v=eMH3lWxtmWU

    https://www.youtube.com/watch?v=DWyIxWSpQvM