Quando reafirmamos que o educador é um transformador de gente, entendemos que o educador é um construtor de vidas novas. Pelo trabalho pedagógico fazemos ressurgir uma nova pessoa, por meio do poder de transformação que a aquisição do saber pode proporcionar a todos os que querem crescer continuamente.
Seria paradoxal trabalhar com educação e não defender a vida em todas as suas dimensões, por isso afirmamos o nosso incondicional apoio à nota do Conselho Episcopal do Regional Sul 1da CNBB, pedindo ampla divulgação do texto “Apelo a todos os Brasileiros e Brasileiras” , escrito pela Comissão em Defesa da Vida do Regional Sul 1 da CNBB.
No texto é recomendado a todos os cidadãos brasileiros,“independentemente de suas convicções ideológicas ou religiosas, que, nas próximas eleições, deem seu voto somente a candidatos ou candidatas e partidos contrários à descriminalização do aborto.” Em consonância com o art. 5º. da Constituição Federal e o Pacto de São José da Costa Rica, que defende a inviolabilidade da vida humana desde a concepção. Contrariando o substitutivo do Projeto-Lei 1.135/91, apresentado pelo atual governo através da Secretaria Especial de Política das Mulheres, em setembro de 2005 que propõe a descriminalização do aborto até o nono mês de gravidez e por qualquer motivo, com a consequente (ou inconsequente) eliminação de todos os artigos do Código Penal, que criminalizam a prática do aborto, deixando tal conduta, que consideramos hedionda, já que é um atentado contra a vida de quem não tem a possibilidade de defesa, de ser crime.
A valorização da vida humana deve fazer parte do itinerário de quem trabalha com Educação, cabendo ao educador, como um formador de novas consciências assumir a atitude profética de denúncia contra todas as forças contrárias à vida. Assim como a Igreja, a Escola também não deve ser partidária, porém deve assumir o seu protagonismo no desvelamento de novas consciências possibilitando que as pessoas possam abrir os olhos para a realidade em que estão inseridas. Neste tempo eleitoral faz-se necessário que os membros das comunidades e os educadores unam suas forças para uma educação à serviço da vida e da esperança, por isso, oferecer critérios para a escolha dos nossos principais representantes é fundamental. Entre tantos critérios entendemos que a defesa da vida é o principal e, por meio do posicionamento pessoal ou partidário dos candidatos quanto à descriminalização temos um forte indicador se o partido ou candidato vai de fato trabalhar a favor da vida. Neste singular conhecer o posicionamento do partido e dos candidatos sobre o tema é fundamental antes da escolha.
O debate sobre o aborto também é fundamental, sobretudo para que tenhamos consciência da política antinatalista, que sob a égide da defesa dos direitos reprodutivos e sexuais da mulher, tratando o aborto como um problema de saúde pública é veementemente defendida pelo PT e os demais partidos da base aliada, corroborando com o Imperialismo Demográfico, atendendo aos interesses de fundações internacionais. Não sendo por acaso que, em junho de 2010, tais lideranças se opuseram a criação da CPI que investigaria as origens do financiamento, por parte de organizações internacionais, para a legalização do aborto e a promoção do aborto no Brasil.
Queremos igualmente conclamar a todos os educadores que trabalham por uma Educação à serviço da vida que ofereçam a sua contribuição neste importante momento do país, aprofundando o tema para que exerçam a condição de formadores de opinião, possibilitando o debate das ideias e uma escolha de novos representantes que estejam comprometidos com a defesa da vida contra toda a situação de morte. Para tanto, um caminho indicado é o site: http://www.cnbbsul1.org.br/arquivos/defesavidabrasil.pdf, neste espaço encontraremos uma contextualização que certamente nos ajudará a vivenciar melhor a nossa cidadania e contribuir com a formação cidadã das pessoas que nos circunda, afinal somos transformadores de gente.
Prof. Dr. Márcio Magalhães Fontoura
Vice-Reitor Acadêmico da UniABC
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