Categoria: Artigos

  • Formar famílias ou trabalhar para destruí-las?

    “Congresso promulga emenda que torna o divórcio imediato”

    No próximo mês de agosto estaremos celebrando a “Semana da Família” nas comunidades católicas. Tempo muito oportuno de refletir e agir em prol da constituição familiar neste tempo repleto de contradições.

    Com grande sofrimento vemos a instituição familiar sendo atacada de todas as formas. Os valores familiares estão sendo colocados a distância do verdadeiro sentido da união conjugal, destinada a formar uma nova sociedade de forma natural e humana.

    Aqueles que deveriam ser os protagonistas de uma ética natural, comunitária, são os primeiros a propagar imagens e modelos de famílias desajustadas, obstruídas na sua essência da sua finalidade primeira.

    O amor já por muito tempo banalizado. Onde deveria ser fonte de união de realização mútua hoje se torna obsoleto, dando lugar ao corpo, cada vez mais vulgarizado e explorado. A beleza da criação, a preciosidade do dom de Deus – hoje é simplesmente utilizada como fonte de prazer desenfreado.

    Atrocidades se cometem em nome do amor. Violências tomam conta dos noticiários, reafirmando que as maiores barbaridades estão inseridas em grupos onde Deus não tem mais o seu lugar principal.

    Numa sociedade sem Deus, encontraremos somente o sofrimento e a dor. Precisamos resgatar este desejo de construirmos uma nova sociedade, alicerçada na fé, na esperança e na certeza que somente assim teremos um futuro digno pela frente.

    Mais uma vez , vemos os nossos legisladores trabalhando contra a família. “O congresso promulga a emenda que torna o divórcio imediato”. Sabemos sim, que muitos casais nunca deveriam ter casado, porém devemos dar tempo ao tempo, amadurecer nas ações e não vulgarizar a lei, ou os mecanismos de união civil.

    Vamos trabalhar por leis que favoreçam o amadurecimento das ações que comprometam o futuro da família e da vida humana e que resguardem os valores familiares e por que não dizer cristãos. Somos uma nação cristã – católica. Não podemos legislar como se fossemos pagãos ou sem cultura e raiz religiosa.

    Da maneira como vemos, a vida está sendo cada vez mais banalizada. Valemos muito e não podemos descartar as pessoas como objetos em nossa vida. Queremos uma sociedade amadurecida e formada pela ética verdadeira e participativa.

    O mais urgente é formar cidadãos comprometidos, bem educados, cuidados em suas necessidades elementares. Aí sim, teremos a possibilidade de formar famílias verdadeiras e lutar para que elas se tornem expressão viva do amor criacional do Senhor em nossos dias.

    Pe. Roberto Alves Marangon
    Comissão Diocesana em Defesa da Vida
    Diocese de Santo André.

  • SOS Pernambuco e Alagoas

    sosAos Padres, Diáconos, Religiosos, Religiosas, e a todo o querido Povo de Deus da Diocese de Santo André

    Nos últimos dias, acompanhamos o sofrimento de milhares de pessoas atingidas pelas chuvas em Pernambuco e Alagoas, causando consequências devastadoras naqueles Estados: dezenas de mortos, centenas de desaparecidos e milhares de desabrigados. A situação é de extrema emergência. Por isso, queremos ir ao encontro de nossos irmãos/ãs necessitados, demonstrando nossa solidariedade para com as famílias e pessoas atingidas pelas enchentes.

    Podemos demonstrar nossa generosidade fraterna fazendo nossa doação na seguinte Conta Corrente:

    Banco do Brasil
    Agência 0264 – X
    C/C 707-2
    Nome: Mitra Diocesana de Santo André – CNPJ 575913490001/62.

    Cada entidade e cada pessoa que realizar alguma coleta poderá depositá-la diretamente na Conta acima mencionada. A Campanha será encerrada no próximo dia 25 de julho. Tudo o que for arrecadado será enviado aos Regionais da CNBB de Alagoas e Pernambuco.

    Peço ainda aos Padres que este apelo seja especialmente divulgado nos finais de semana. Além das igrejas, a divulgação poderá ser feita através dos meios de comunicação locais, Internet, rádios, TVs, jornais, mala direta e outras formas, para que a população tenha conhecimento desta Campanha. Conto com a colaboração de todos.

    Peço igualmente suas orações pelas pessoas atingidas e seus familiares. Nossa Senhora da Conceição Aparecida nos acompanhe e nos abençoe nessa missão de solidariedade e amor.
    Um abraço amigo e uma especial bênção.


    Dom Nelson Westrupp, scj
    Bispo Diocesano de Santo André

    Santo André, 24 de junho de 2010

  • Lições do Futebol, por Dom Orlando Brandes

    1. Treinar sempre. Precisamos sempre estar em forma, em dia, preparados e adequados. Tudo na vida deve ser bem preparado para vencermos a mediocridade, a rotina, a superficialidade. Treinar significa dar o melhor de si, cultivar-se sempre, querer crescer. Nunca estamos prontos e acabados, somos eternamente aprendizes.

    2. Trabalhar em equipe. Nós somos tentados ao individualismo, isolamento ou estrelismo. Tudo isso leva à derrota. O futebol é uma escola da vida em equipe, em unidade, em interação com os outros. O time, a equipe é como uma família. Todos são importantes. A vitória de um é sucesso de todos. O time em campo ensina valorizar o outro, promover o outro, aceitar ajuda do outro, colaborar e trabalhar juntos para vencer juntos.

    3. Obedecer às normas. Quanto mais um jogador sabe e obedece às normas do jogo tanto mais ele é eficiente e erra menos. Obedecer às normas não é submissão, jugo, opressão, servilismo. As normas e leis existem para o bem comum e a obediência às leis permite a convivência social, a igualdade de todos e o zelo pelo que é público. Obedecer ao árbitro é proteger o time contra a violência, o egoísmo, o orgulho, a raiva, a vingança.

    4. Saber ganhar e saber perder. Assim é a vida. Saber ganhar sem vaidade, orgulho e desprezo dos outros. O que importa é participar. Sem o adversário, não há vitória. Saber respeitar o adversário é sinal de maturidade. O adversário não é mau nem inimigo, mas, alguém importante que nos desafia. Outra lição do futebol é saber perder. Quão difícil na vida é saber perder. Aceitar a derrota, o fracasso e treinar de novo para melhorar, eis o caminho da sabedoria. A derrota é possibilidade de auto-avaliação e de superação das limitações. Muitas vezes a derrota é oportunidade para futura vitória.

    5. Ser bom atleta. Um atleta passa por grandes renúncias, sacrifícios, exigências. Precisa de formação física e psicológica, de concentração e autocontrole, espírito de cooperação e domínio de si, superação da derrota, respeito ao rival, espírito de equipe e amizade. Se em nossas Igrejas, escolas, tivéssemos fiéis e estudantes com espírito de atleta, a missão educadora e evangelizadora seriam bem diferentes.

    6. Ser torcedor. Aprendemos lições do futebol com os bons torcedores. Eles são entusiasmados, vibrantes, participantes, incentivadores, colaboradores, motivadores. Se soubéssemos vibrar com a verdade e o bem, a justiça e o amor com o vigor dos torcedores, teríamos outra sociedade. Ser torcedores do evangelho, do reino de Deus, do amor fraterno, é o que mais necessitamos para derrotar a violência, a droga, o vazio existencial. Demonstra alto grau de humanismo quem torce pelo sucesso e bem-estar dos outros.

    7. Evitar os perigos. Quando o time vira ídolo enfrentamos sérios perigos. Deixamos Deus e adoramos o time. A corrupção financeira ronda os esportes. Tudo vira negócio. A violência toma conta dentro e fora do campo. Quando um time é endeusado a família é deixada de lado, as finanças não são controladas, o nervosismo, a hipertensão, as doenças vasculares aparecem. O torcedor se torna um escravo. Tudo vira circo, festa e alienação. A idolatria esportiva enfraquece a consciência política, o interesse social, a responsabilidade por outros valores inegociáveis. “Filhinhos, fugi dos ídolos”, nos diz o evangelista João. A idolatria gera fanatismos e escravidões, engana as pessoas, corrompe a vida. Além disso, afasta de Deus, prejudica a família, aliena a consciência, escraviza a sociedade. Somos atletas de Deus em busca da coroa incorruptível nos céus. A salvação eterna será o gol decisivo da vitória da graça e da fé. Cantaremos eternamente as glórias de Deus que deu à Igreja, o treinador Jesus e o Espírito Santo, o técnico da graça e médico de todas as feridas do jogo evangelizador.

    Dom Orlando Brandes

  • Homilia de Bento XVI no encerramento do Ano Sacerdotal

    Queridos irmãos no ministério sacerdotal,
    Queridos irmãos e irmãs,

    o Ano Sacerdotal que celebramos, 150 anos depois da morte do santo Cura d’Ars, modelo do ministério sacerdotal em nossos dias, chega ao seu fim. Nos deixamos guiar pelo Cura d’Ars para compreender de novo a grandeza e a beleza do ministério sacerdotal. O sacerdote não é simplesmente alguém que detém um ofício, como aqueles de que toda a sociedade necessita, para que possam se cumprir nela certas funções. Ao contrário, o sacerdote faz o que nenhum ser humano pode fazer por si mesmo: pronunciar em nome de Cristo a palavra de absolvição de nossos pecados, transformando assim, a partir de Deus, a situação de nossa vida. Pronuncia sobre as oferendas do pão e do vinho as palavras de ação de graças de Cristo, que são palavras de transubstanciação, palavras que tornam presente a Ele mesmo, o Ressuscitado, seu Corpo e seu sangue, transformando assim os elementos do mundo; são palavras que abrem o mundo a Deus e o unem a Ele. Portanto, o sacerdócio não é um simples “ofício”, mas sim um sacramento: Deus se vale de um homem com suas limitações para estar, através dele, presente entre os homens e atuar em seu favor. Esta audácia de Deus, que se abandona nas mãos dos seres humanos; que, embora conhecendo nossas debilidades, considera aos homens capazes de atuar e apresentar-se em seu lugar, esta audácia de Deus é realmente a maior grandeza que se oculta na palavra “sacerdócio”. Que Deus nos considere capazes disso; que, por isso, chame a seu serviço a homens e, assim, una-se a eles a partir de dentro, isso é o que quisemos novamente considerar e compreender durante esse Ano. Queríamos despertar a alegria de que Deus esteja tão próximo a nós, e a gratuidade pelo fato de que Ele se confie a nossa debilidade; que Ele nos guie e nos ajude dia após dia. Queríamos também, assim, ensinar de novo aos jovens que esta vocação, esta comunhão de serviço por Deus e com Deus, existe; mais ainda, que Deus está esperando nosso “sim”. Junto com a Igreja, quisemos destacar novamente que temos que pedir a Deus esta vocação. Peçamos trabalhadores para a messe de Deus, e esta oração a Deus é, ao mesmo tempo, um chamamento de Deus ao coração dos jovens que se consideram capazes disso mesmo para o que Deus os considera capazes. Era de se esperar que ao “inimigo” não fosse prazeroso perceber que o sacerdócio brilhara novamente; ele teria preferido vê-lo desaparecer, para que, ao final, Deus fosse retirado do mundo. E assim ocorreu que, precisamente neste ano de alegria pelo sacramento do sacerdócio, vieram à luz os pecados dos sacerdotes, sobretudo o abuso de crianças, no qual o sacerdócio, que leva a cabo a solicitude de Deus pelo bem do homem, converte-se no contrário. Também nós pedimos perdão insistentemente a Deus e às pessoas afetadas, enquanto prometemos que desejamos fazer todo o possível para que semelhante abuso não volte a acontecer jamais; que na admissão ao ministério sacerdotal e na formação que prepara ao mesmo faremos todo o possível para examinar a autenticidade da vocação; e que queremos acompanhar ainda mais aos sacerdotes em seu caminho, para que o Senhor os proteja e os guarde nas situações dolorosas e nos perigos da vida. Se o Ano Sacerdotal tivesse sido uma glorificação de nossas conquistas humanas pessoais, teria sido destruído por esses acontecimentos. Mas, para nós, tratava-se precisamente do contrário, de sentir-nos agradecidos pelo dom de Deus, um dom que se leva em “vasos de barro”, e que vez por outra, através de toda a debilidade humana, torna visível seu amor no mundo. Assim, consideramos o acontecido como uma tarefa de purificação, uma missão que nos acompanha em direção ao futuro e que nos faz reconhecer e amar mais ainda o grande dom de Deus. Deste modo, o dom converte-se no compromisso de responder ao valor e a humildade de Deus com nosso valor e nossa humildade. A palavra de Cristo, que entoamos como canto de entrada na liturgia de hoje, pode dizer-nos neste momento o que significa fazer-se e ser sacerdote: “Tomai meu jugo sobre vós e recebei minha doutrina, porque eu sou manso e humilde de coração” (Mt 11, 29).

    Celebramos a festa do Sagrado Coração de Jesus e com a liturgia lançamos um olhar, por assim dizer, dentro do coração de Jesus, que ao morrer foi transpassado pela lança do soldado romano. Sim, seu coração está aberto por nós e diante de nós; e, com isso, nos abriu o coração do próprio Deus. A liturgia interpreta para nós a linguagem do coração de Jesus, que fala, sobretudo, de Deus como pastor dos homens, e assim nos manifesta o sacerdócio de Jesus, que está arraigado no íntimo de seu coração; deste modo, nos indica o perene fundamento, assim como o critério válido de todo o ministério sacerdotal, que deve estar sempre no coração de Jesus e ser vivido a partir d’Ele. Gostaria de meditar hoje, sobretudo, os textos com os que a Igreja orante responde à Palavra de Deus proclamada nas leituras. Nesses cantos, palavra e resposta se compenetram. Por um lado, estão cheios da Palavra de Deus, mas por outro, são já ao mesmo tempo a resposta do homem a tal Palavra, resposta na qual a Palavra mesma comunica-se e entra em nossa vida. O mais importante desses textos na liturgia de hoje é o Salmo 23 (22) – “O Senhor é meu pastor” -, no qual o Israel orante acolhe a autorrevelação de Deus como pastor, fazendo disso a orientação para sua própria vida. “O Senhor é meu pastor, nada me falta”. Nesse primeiro versículo expressam-se alegria e gratuidade porque Deus está presente e cuida do homem. A leitura tomada do Livro de Ezequiel começa com o mesmo tema: “Vou tomar eu próprio o cuidado com minhas ovelhas, velarei sobre elas” (Ez 34, 11). Deus cuida pessoalmente de mim, de nós, da humanidade. Não me deixou sozinho, extraviado no universo e em uma sociedade ante a qual sente-se cada vez mais desorientado. Ele cuida de mim. Não é um Deus distante, para quem minha vida não conta quase nada. As religiões do mundo, pelo que podemos perceber, souberam sempre que, em última análise, somente há um Deus. Mas este Deus era distante. Abandonava aparentemente o mundo a outras potências e forças, a outras divindades. Teria que chegar a um acordo com esses elementos. O Deus único era bom, mas distante. Não constituía um perigo, mas tampouco oferecia ajuda. Portanto, não era necessário ocupar-se d’Ele. Ele não dominava. Estranhamente, essa ideia ressurgiu na Ilustração. Aceitava-se, não obstante, que o mundo pressupõe um Criador. Esse Deus, no entanto, teria construído o mundo, para depois retirar-se dele. Agora o mundo tem um conjunto de leis próprias segundo as quais se desenvolve, e nas quais Deus não intervém, não pode intervir. Deus é somente uma origem remota. Muitos, quem sabe, tampouco desejassem que Deus se preocupasse com eles. Não desejariam que Deus lhes incomodasse. Mas ali onde a proximidade do amor de Deus percebe-se como incômodo, o ser humano sente-se mal. É belo e consolador saber que há uma pessoa que me quer e cuida de mim. Mas é muito mais decisivo que exista esse Deus que me conhece, me quer e se preocupa comigo. “Eu conheço minhas ovelhas e elas conhecem a mim” (Jo 10, 14), diz a Igreja antes do Evangelho com uma palavra do Senhor. Deus me conhece, preocupa-se comigo. Esse pensamento deveria proporcionar-nos realmente alegria. Deixemos que penetre intensamente em nosso interior. Nesse momento compreendemos também o que significa: Deus quer que nós, como sacerdotes, em um pequeno ponto da história, compartilhemos suas preocupações pelos homens. Como sacerdotes, queremos ser pessoas que, em comunhão com seu amor pelos homens, cuidemos deles, lhes façamos experimentar em concreto esta atenção de Deus. E, pelo que se refere ao âmbito do que se lhe confia, o sacerdote, juntamente com o Senhor, deveria poder dizer: “Eu conheço as minhas ovelhas e elas me conhecem”. “Conhecer”, no sentido da Sagrada Escritura, nunca é somente um saber exterior, como quando se conhece o número telefônico de uma pessoa. “Conhecer” significa estar interiormente próximo do outro. Querer-lhe. Nós deveríamos tratar de “conhecer” aos homens da parte de Deus e com vistas a Deus; deveríamos tratar de caminhar com eles na via da amizade com Deus.

    Voltemos ao Salmo. Ali se diz: “Pelos caminhos retos ele me leva, por amor do seu nome. Ainda que eu atravesse o vale escuro, nada temerei, pois estais comigo. Vosso bordão e vosso báculo são o meu amparo” (Sl 23 [22], 3s). O pastor mostra o caminho correto àqueles que lhe estão confiados. Os precede e guia. Digamos-lo de outro modo: o Senhor nos mostra como realiza-se de modo correto nosso ser homens. Ensina-nos a arte de ser pessoa. Que devo fazer para não arruinar-me, para não desperdiçar minha vida com a falta de sentido? Com efeito, esta é a pergunta que todo o homem deseja fazer a si mesmo e que serve para qualquer período da vida. Quantas trevas há no entorno dessa pergunta em nosso tempo! Sempre retorna à nossa mente a palavra de Jesus, que tinha compaixão pelo homens, porque estavam como ovelhas sem pastor. Senhor, tende piedade também de nós. Mostra-nos o caminho. Sabemos pelo Evangelho que Ele é o caminho. Viver com Cristo, segui-lo, isso significa encontrar o caminho correto, para que nossa vida tenha sentido e para que um dia possamos dizer: “Sim, viver foi algo bom”. O povo de Israel estava e está agradecido a Deus, porque mostrou nos mandamentos o caminho da vida. O grande salmo 119 (118) é uma expressão de alegria por este fato: nós não andamos tateando na obscuridade. Deus nos mostrou qual é o caminho, como podemos caminhar de maneira correta. A vida de Jesus é uma síntese e um modelo vivo do que afirmam os mandamentos. Assim, compreendemos que essas normas de Deus não são cadeias, mas o caminho que Ele nos indica. Podemos estar alegres por elas e porque em Cristo estão ante nós como uma realidade vivida. Ele mesmo nos faz felizes. Caminhando junto a Cristo temos a experiência da alegria da Revelação, e como sacerdotes devemos comunicar às pessoas a alegria de que nos tenha mostrado o caminho correto.

    Depois vem uma palavra referida ao “vale escuro”, através do qual o Senhor guia o homem. O caminho de cada um de nós nos levará um dia ao vale escuro da morte, ao qual ninguém pode nos acompanhar. E Ele estará ali. Cristo mesmo descendeu à noite escura da morte. Tampouco ali nos abandona. Também ali nos guia. “Se descer à região dos mortos, lá vos encontrareis também”, diz o Salmo 139 (138). Sim, tu estás presente também na última fadiga, e assim o salmo responsorial pode dizer: também ali, no vale escuro, nada temo. No entanto, falando do vale escuro, podemos pensar também nos vales escuros das tentações, do desalento, da provação, que toda pessoa humana deve atravessar. Também nestes vales tenebrosos da vida Ele está ali. Senhor, nas trevas da tentação, nas horas das trevas, em que todas as luzes parecem apagar-se, mostra-me que tu estás ali. Ajuda-nos a nós, sacerdotes, para que possamos estar junto às pessoas que, nessas noite escuras, nos foram confiadas, para que possamos mostrar-lhes tua luz.

    “Vosso bordão e vosso báculo são o meu amparo”: o pastor necessita do bordão contra os animais selvagens que querem atacar o rebanho; contra os salteadores que buscam sua vítima. Junto ao bordão está o báculo, que sustenta e ajuda a atravessar os lugares difíceis. Esses dois elementos entram dentro do mistério da Igreja, do mistério do sacerdote. Também a Igreja deve usar o bordão do pastor, o bordão com o qual protege a fé dos farsantes, contra as orientações que são, na realidade, desorientações. Com efeito, o uso do bordão pode ser um serviço de amor. Hoje vemos que não se trata de amor, quando se toleram comportamento indignos da vida sacerdotal. Como tampouco trata-se de amor se deixa-se proliferar a heresia, a tergiversação e a destruição da fé, como se nós inventássemos a fé autonomamente. Como se já não fosse um dom de Deus, a pérola preciosa que não deixamos que nos arranquem. Ao mesmo tempo, no entanto, o bordão continuamente deve transformar-se em báculo do pastor, báculo que ajude aos homens a poder caminhar por caminhos difíceis e seguir a Cristo.

    Ao final do salmo, fala-se da mesa preparada, do perfume com que se unge a cabeça, da taça que transborda, do habitar na casa do Senhor. No salmo, isso mostra sobretudo a perspectiva da alegria pela festa de estar com Deus no templo, de ser hospedado e servido pelo mesmo, de poder habitar em sua casa. Para nós, que rezamos este salmo com Cristo e com seu Corpo que é a Igreja, esta perspectiva de esperança adquiriu uma amplitude e profundidade todavia ainda maior. Vemos nessa palavras, por assim dizer, uma antecipação profética do mistério da Eucaristia, na qual Deus mesmo nos convida e se nos oferece como alimento, como aquele pão e aquele vinho maravilhoso que são a única resposta última à fome e à sede interior do homem. Como não alegrarmo-nos de estarmos convidados cada dia à mesa de Deus e a a habitar em sua casa? Como não estarmos alegres por termos recebido d’Ele este mandado: “Fazei isto em memória de mim”? Alegres porque Ele nos permitiu preparar a mesa de Deus para os homens, oferecer-lhes seu Corpo e seu Sangue, oferecer-lhes o dom precioso de sua própria presença. Sim, podemos rezar juntos com todo o coração as palavras do salmo: “A vossa bondade e misericórdia hão de seguir-me por todos os dias de minha vida” (23 [22], 6).

    Por último, vejamos brevemente os dois cantos de comunhão sugeridos hoje pela Igreja em sua liturgia. Antes de tudo, está a palavra com a qual São João conclui o relato da crucificação de Jesus: “um dos soldados abriu-lhe o lado com uma lança e, imediatamente, saiu sangue e água” (Jo 19, 34). O coração de Jesus é transpassado pela lança. Abre-se, e converte-se em uma fonte: a água e o sangue que manam aludem aos dois sacramentos fundamentais dos que vive a Igreja: o Batismo e a Eucaristia. Do lado transpassado do Senhor, de seu coração aberto, brota a fonte viva que mana ao longo dos séculos e edifica a Igreja. O coração aberto é fonte de um novo rio de vida; neste contexto, João certamente pensou também na profecia de Ezequiel, que vê manar do novo templo um rio que proporciona fecundidade e vida (Ez 47): Jesus mesmo é o novo templo, e seu coração aberto é a fonte da qual brota um rio de vida nova, que se nos comunica no Batismo e na Eucaristia.

    A liturgia da solenidade do Sagrado Coração de Jesus, no entanto, prevê como canto de comunhão outra palavra, semelhante a essa, extraída do evangelho de João: “Se alguém tiver sede, venha a mim e beba. Quem crê em mim, como diz a Escritura: Do seu interior manarão rios de água viva” (cf. Jo 7 ,37s). Na fé bebemos, por assim dizer, da água viva da Palavra de Deus. Assim, o crente converte-se ele mesmo em uma fonte, que dá água viva à terra ressequida da história. O vemos nos santos. O vemos em Maria que, como grande mulher de fé e de amor, converteu-se ao longo dos séculos em fonte de fé, amor e vida. Cada cristão e cada sacerdote deveriam transformar-se, a partir de Cristo, em fonte que comunica vida aos demais. Deveríamos dar a água da vida a um mundo sedento. Senhor, vos damos graças porque nos abriu vosso coração; porque em vossa morte e ressurreição vos converteste em fonte de vida. Faz que sejamos pessoas vivas, vivas por tua fonte, e dá-nos ser também nós fonte, de maneira que possamos dar água viva a nosso tempo. Te agradecemos a graça do ministério sacerdotal. Senhor, abençoai-nos e abençoai a todos os homens deste tempo que estão sedentos e buscando. Amém!

  • Mensagem do Pe. Tiago

    domingo20de20ramos2012Queridos amigos e amigas, o futuro a Deus pertence… Foi este Deus que, conduzindo-me pelos caminhos da história, apresentou-me cada um de vocês. Pessoas que, com muito carinho, acolheram-me e contribuíram em minha história de vida.

    Deus sempre insistiu para que eu fosse adiante… As insistências do Senhor ajudaram-me a compreender que a felicidade se constrói fazendo opção por aquilo que se ama. Eu amo ser Padre e Comunicar as Graças Divinas para que o Reino de Deus seja, por nossa ação no mundo e na história, cada vez mais real. É esta mesma paixão que agora, neste mês de junho, leva-me a outro desafio, uma nova missão: aprimorar, por meio dos estudos acadêmicos, a arte da comunicação. Diz a Igreja que “Evangelizar é comunicar” (Cf. Doc. De Puebla, n.1.064). Por isso, vou em busca das ferramentas necessárias para uma evangelização mais eficaz através da arte da comunicação e dos Meios de Comunicação.

    Sendo assim, convido-os a estar presente na missa de entrega desta nova missão:

    Dia 05 de Junho, sábado, às 16h.
    Paróquia São João Batista – Rudge Ramos – SBC

    Deus os abençôe!!!

    Pe. Tiago Síbula
    “Por Cristo, Com Cristo e Em Cristo”

  • Bento, cinco anos sob ataque

    ppfotoaciPaolo Rodari
    Paolo Rodari é um vaticanista italiano que estudou ciências políticas, filosofia e teologia. Ele escreveu no jornal Il Foglio um artigo titulado “Bento, cinco anos sob ataque” no qual explica como o Papa Bento XVI tende às decisões “impopulares” pelas quais é constante e infundadamente criticado por muitos meios e inclusive por alguns dentro da Igreja, e no qual ademais assinala uma série de temas essenciais deste brilhante pontificado.

    Rodari começa seu artigo recordando as palavras do Santo Padre na audiência geral de 10 de março na qual falou sobre São Boaventura e o governo da Igreja. Para o santo, dizia, “governar não era simplesmente uma tarefa, mas sobre tudo um pensar e rezar. Para Boaventura ‘não se governa a Igreja apenas mediante ordens ou estruturas, e sim guiando e iluminando as almas’”.

    O vaticanista assinala logo que diante das “acusações sobre a gestão da Igreja que são fatos sempre importantes –as últimas vêm de um New York Times que informa os casos de dois sacerdotes, o americano Lawrence C. Murphy e o alemão Peter Hullermann, para pôr em discussão a Ratzinger Cardeal, prefeito do ex-Santo Ofício desde 1981– (o Papa) respondeu pondo em prática o ensino do teólogo franciscano. Ou apresentando seu próprio ‘pensamento iluminado’ como quer ser a carta pastoral à Igreja na Irlanda”.

    Depois de recordar o ataque da mídia contra Paulo VI e João Paulo II, Rodari explica que um primeiro ponto importante no pontificado de Bento XVI foi o discurso à cúria romana em dezembro de 2005 no qual explicava que o Concílio Vaticano não constitui uma ruptura com o passado, como afirmam alguns. Sua postura, sobre estes e outros temas, explica o vaticanista Benny Lay, “ainda hoje gera incômodo fora e dentro da Igreja”.

    O vaticanista comenta logo que muitos dos conteúdos do Santo Padre “geram incômodos e aversões. Inclusive no caso dos sacerdotes pedófilos: quanto incômodo gera, dentro da Igreja, o fato de que Ratzinger siga insistindo no celibato dos presbíteros? Diante disto o Papa não se decompõe. E tampouco o fez quando foi negada a possibilidade de falar na Universidade La Sapienza. Não se apresentou na sala magna mas igual enviou seu discurso e deixou um sinal. ‘Não quero impor a fé’, disse. E todos os jornais o fizeram titular”.

    “O mesmo aconteceu –prossegue– quando partiu para a África. Disse que a AIDS não pode ser superada com a distribuição do preservativo. Abriram-se os céus. A ‘inteligência’ laica de meia Europa o atacou. Mas disse uma coisa justa: para combater a AIDS só serve uma educação do homem que o leve a considerar o próprio corpo de um modo distinto. O oposto, em resumo, a uma concepção narcisista e auto-referencial da sexualidade”.

    Rodari comenta logo a reação de alguns ao seu discurso em Ratisbona sobre a fé e a razão: “tocou o elo existente entre a religião e a civilidade explicando que converter usando a violência é contrário à razão e Deus. A entrevista de uma frase de Manuel II Paleólogo, segundo o qual o Islã introduz somente ‘coisas más e desumanas como sua diretiva de defender por meio da espada a fé’ desencadeou a indignação do mundo muçulmano”.

    Aos críticos de sua decisão de liberalizar a Missa em latim com o motu próprio Sumorum Pontificum e o levantamento da excomunhão dos bispos lefebvristas, Rodari assinala que o Papa Bento XVI “não só fere quando fala, mas quando toma decisões que penetram no coração da Igreja” que não procuram um “retornismo” à época anterior do Concílio Vaticano II, mas que os católicos cresçam na comunhão eclesiástica.

    O vaticanista italiano também comenta a decisão do Santo Padre de autorizar o decreto que reconhece as virtudes heróicas de Pio XII, apenas uns dias antes de sua visita à Sinagoga de Roma: “o mundo judeu reagiu, mas o Papa o decidiu e na sinagoga repete um conceito muitas vezes famoso: ‘a sé apostólica desenvolveu uma ação de socorro para muitos judeus, com freqüência de forma oculta e discreta’”.

    Rodari se refere logo à abertura da Igreja Católica aos milhares de anglicanos que querem voltar para a plena comunhão, decisão que tampouco agradou a alguns. Com a constituição apostólica Anglicanorum Coetibus Bento XVI abre as portas a estes irmãos e recordou aos bispos da Inglaterra seu convencimento de que “estes grupos serão uma bênção para toda a Igreja”.

    Finalmente o vaticanista se refere ao comentário de Piero Gheddo do Pontifício Instituto para as Missões Estrangeiras (PIME): “viajei pelo mundo e conheci distintas realidades anglicanas. Por que querem voltar para a comunhão com Roma? Porque uma Igreja que se abre ao mundo de modo desconsiderado aceitando a ordenação feminina e o ‘matrimônio’ homossexual não tem sentido”.

    “O Papa combate para proteger uma Igreja encouraçada pela verdade e por isso há quem o persegue”, conclui.

  • Muito mais que pedofilia

    As notícias sobre pedofilia, envolvendo membros do clero, difundiram-se de modo insistente.
    Tristes fatos, infelizmente, existiram no passado e existem no presente; não preciso discorrer sobre as cenas escabrosas de Arapiraca… A Igreja vive dias difíceis, em que aparece exposto o seu lado humano mais frágil e necessitado de conversão. De Jesus aprendemos: “Ai daqueles que escandalizam um desses pequeninos!” E de São Paulo ouvimos: “Não foi isso que aprendestes de Cristo”.

    As palavras dirigidas pelo papa Bento XVI aos católicos da Irlanda servem também para os católicos do Brasil e de qualquer outro país, especialmente aquelas dirigidas às vítimas de abusos e aos seus abusadores. Dizer que é lamentável, deplorável, vergonhoso, é pouco! Em nenhum catecismo, livro de orientação religiosa, moral ou comportamental da Igreja isso jamais foi aprovado ou ensinado! Além do dano causado às vítimas, é imenso o dano à própria Igreja.

    O mundo tem razão de esperar da Igreja notícias melhores: Dos padres, religiosos e de todos os cristãos, conforme a recomendação de Jesus a seus discípulos: “Brilhe a vossa luz diante dos homens, para que eles, vendo vossas boas obras, glorifiquem o Pai que está nos céus!” Inútil, divagar com teorias doutas sobre as influências da mentalidade moral permissiva sobre os comportamentos individuais, até em ambientes eclesiásticos; talvez conseguiríamos compreender melhor por que as coisas acontecem, mas ainda nada teríamos mudado.

    Há quem logo tem a solução, sempre pronta à espera de aplicação: É só acabar com o celibato dos padres, que tudo se resolve! Ora, será que o problema tem a ver somente com celibatários? E ficaria bem jogar nos braços da mulher um homem com taras desenfreadas, que também para os casados fazem desonra? Mulher nenhuma merece isso! E ninguém creia que esse seja um problema somente de padres: A maioria absoluta dos abusos sexuais de crianças acontece debaixo do teto familiar e no círculo do parentesco. O problema é bem mais amplo!

    Ouso recordar algo que pode escandalizar a alguns até mais que a própria pedofilia: É preciso valorizar novamente os mandamentos da Lei de Deus, que recomendam atitudes e comportamentos castos, de acordo com o próprio estado de vida. Não me refiro a tabus ou repressões “castradoras”, mas apenas a comportamentos dignos e respeitosos em relação à sexualidade. Tanto em relação aos outros, como a si próprio. Que outra solução teríamos? Talvez o vale tudo e o “libera geral”, aceitando e até recomendando como “normais” comportamentos aberrantes e inomináveis, como esses que agora se condenam?

    As notícias tristes desses dias ajudarão a Igreja a se purificar e a ficar muito mais atenta à formação do seu clero. Esta orientação foi dada há mais tempo pelo papa Bento XVI, quando ainda era Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé. Por isso mesmo, considero inaceitável e injusto que se pretenda agora responsabilizar pessoalmente o papa pelo que acontece. Além de ser ridículo e fora da realidade, é uma forma oportunista de jogar no descrédito toda a Igreja católica. Deve responder pelos seus atos perante Deus e a sociedade quem os praticou. Como disse São Paulo: Examine-se cada um a si mesmo. E quem estiver de pé, cuide para não cair!

    A Igreja é como um grande corpo; quando um membro está doente, todo o corpo sofre. O bom é que os membros sadios, graças a Deus, são a imensa maioria! Também do clero! Por isso, ela será capaz de se refazer dos seus males, para dedicar o melhor de suas energias à Boa Notícia: para confortar os doentes, visitar os presos nas cadeias, dar atenção aos abandonados nas ruas e debaixo dos viadutos; para ser solidária com os pobres das periferias urbanas, das favelas e cortiços; ela continuará ao lado dos drogados e das vítimas do comércio de morte, dos aidéticos e de todo tipo de chagados; e continuará a acolher nos Cotolengos criaturas rejeitadas pelos “controles de qualidade” estéticos aplicados ao ser humano; a suscitar pessoas, como Dom Luciano e Dra. Zilda Arns, para dedicarem a vida ao cuidado de crianças e adolescentes em situação de risco; e, a exemplo de Madre Teresa de Calcutá, ainda irá recolher nos lixões pessoas caídas e rejeitadas, para lavar suas feridas e permitir-lhes morrer com dignidade, sobre um lençol limpo, cercadas de carinho. Continuará a mover milhares de iniciativas de solidariedade em momentos de catástrofes, como no Haiti; a estar com os índios e camponeses desprotegidos, mesmo quando também seus padres e freiras acabam assassinados.

    E continuará a clamar por justiça social, a denunciar o egoísmo que se fecha às necessidades do próximo; ainda defenderá a dignidade do ser humano contra toda forma de desrespeito e agressão; e não deixará de afirmar que o aborto intencional é um ato imoral, como o assassinato, a matança nas guerras, os atentados e genocídios. E sempre anunciará que a dignidade humana também requer comportamentos dignos e conformes à natureza, também na esfera sexual; e que a Lei de Deus não foi abolida, pois está gravada de maneira indelével na coração e na consciência de cada um.

    Mas ela o fará com toda humildade, falando em primeiro lugar para si mesma, bem sabendo que é santa pelo Santo que a habita, e pecadora em cada um de seus membros; todos são chamados à conversão constante e à santidade de vida. Não falará a partir de seus próprios méritos, consciente de trazer um tesouro em vasos de barro; mas, consciente também de que, apesar do barro, o tesouro é precioso; e quer compartilhá-lo com toda a humanidade. Esta é sua fraqueza e sua grandeza!

    Cardeal Odilo Pedro Scherer é Arcebispo da Arquidiocese de São Paulo/SP.

  • A Pastoral Familiar

    O QUE É A PASTORAL FAMILIAR:

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    É um serviço que se realiza na Igreja e com a Igreja, de forma organizada e planejada através de agenteS específicos, com metodologia propria, tendo como objetivo a família a partir da realizada em que se encontra, para que possa existir e viver dignamente, estabelecer relacionamentos e formar novas gerações conforme o plano de Deus.
    Abrange a todas as famílias, independentemente de sua situação familiar com o propósito de promover a inclusão e resgatar os valores e dignidade de cada pessoa.

    MISSÃO
    Fazer da família uma comunidade cristã.
    Fazer da família o santuário da vida.
    Resgatar o justo valor da família, como célula primaria e vital da sociedade.
    Tornar a família missionária e Igreja domestica.

    COMO ESTÁ ORGANIZADA

    Considerando a realidade e a experiência eclesial, a Comissão Episcopal Pastoral para a vida e a família, propõe a seguinte organização a nível Diocesano e Paroquial.

    a) SETOR PRÉ-MATRIMONIAL
    1) Preparação remota. Articular com: crisma, jovens, catequese, escola.
    2) Preparação próxima: evangelizar namorados e noivos
    3) Preparação imediata: dialogo com o padre, retiro espiritual, rito sacramental e celebração.

    b) Setor pós-matrimonial
    1)oferecer ajuda e formação para recém-casados e grupos familiares
    2)formação continua para a vida conjugal, familiar e comunitária, celebrações especiais.

    c) Setor casos especiais
    1) Os casais em segunda união e seus filhos sejam acolhidos, acompanhados e incentivados, conforme a situação, a participarem da vida da igreja, segundo orientações do magistério (cf. Diretrizes… nº. 133).
    2) Acompanhar as diferentes realidades das famílias migrantes, mães e pais solteiros, famílias com filhos deficientes ou drogados, famílias distanciadas da igreja, matrimonio mistos, atenção especial aos idosos, viúvos, casais em segunda união, alcoolismo, etc.

    PASTORAL ORGÂNICA

    A Pastoral Familiar é abrangente, pois, inclui o casal, e filhos, parentes, comunidade e sociedade.
    Portanto precisa trabalhar unida a todas as outras pastorais, movimentos, serviços da paróquia.
    Todos podem contribuir para a formação de uma sociedade mais justa e fraterna, resgatando assim os valores da família.
    A verdade, que às vezes não queremos enxergar, é que tudo passa pela família.

    AGENDA PARA 2010

    Agendem! Pendurem na geladeira!

    MARÇO
    12, 13 e 14 de março – Retiro para Casais – Casa de Retiros Pio XI – Pico do Jaraguá
    20 – Caminhada e IV Ato Público na Praça da Sé em Defesa da Vida

    ABRIL
    17 – 1ª Formação Diocesana da Pastoral Familiar – 8 HORAS – Instituto Coração de Jesus – Santo André

    MAIO
    30 – II Peregrinação Nacional pela Família em Aparecida
    AGÔSTO
    8 a 14 de agosto Semana Nacional da Família – PARAQUIA SÃO JOÃO BATISTA
    13 – Hora Santa Diocesana pela Família – 20h – Catedral do Carmo

    SETEMBRO
    18 – 2ª Formação Diocesana da Pastoral Familiar – 8 HORAS – Instituto Coração de Jesus – Santo André

    OUTUBRO
    2 – IV Fórum Diocesano de Bioética e Defesa da Vida – Instituto de Teologia – Santo André
    08 – Dia do Nascituro – Hora Santa Diocesana pela Vida 20h. – Catedral do Carmo

    NOVEMBRO
    27 – 3ª Formação Diocesana da Pastoral Familiar – 8 HORAS – Instituto Coração de Jesus – Santo André

    ENCONTRO DE PREPARAÇÃO PARA VIDA MATRIMONIAL
    (CURSO DE NOIVOS)

    Como parte integrante da Pastoral Familiar, tem o objetivo de sensibilizar os noivos para optarem livre e conscientemente pelo Sacramento do Matrimonio, baseado no amor conjugal cristão e buscando a evangelização da família.

    ESTRUTURA

    Inscrição – Secretaria da Paróquia das 8 às 18 horas de 2ª a 6ª Feira
    Sábados das 8 às 15 horas

    Duração – Sábado das 19,30 às 21,30 horas
    Domingo das 7,30 às 18 horas

    Almoço – Comunitário

    Metodologia – dinâmicas, cantos, palestras, trabalho em grupo, missa.

    Local de realização – Centro Catequético São João Batista
    Rua Rafael Thomé, 72 – Rudge Ramos – S.B. C

    ENCONTROS EM 2010

    27 e 28 de fevereiro
    30 e 31 de maio
    29 e 30 de agosto
    28 e 29 de novembro