Missa da manhã
Missa da noite
DIA MUNDIAL DOS POBRES
No dia 20 de novembro de 2016, ao encerrar o Ano Santo da Misericórdia, e inspirado pelo Jubileu das Pessoas Excluídas Socialmente, o Papa Francisco instituiu o “Dia Mundial dos Pobres” na Igreja Católica, que será celebrado no penúltimo domingo do ano litúrgico.
“Intuí que, como mais um sinal concreto deste Ano Santo extraordinário, se deve celebrar em toda a Igreja, na ocorrência do XXXIII Domingo do Tempo Comum, o Dia Mundial dos Pobres”, escreve Francisco, na carta apostólica ‘Misericórdia e mísera’, com a qual marca o final do Jubileu.
Este ano de 2017, o Dia Mundial dos Pobres dia será celebrado em 19 de novembro.
O Papa explica que vê nesta nova celebração uma forma de bem preparar a celebração de Cristo Rei que encerra o Ano litúrgico, para isso propõe e reflexão sobre o compromisso de ajudar os pobres.
“Não podemos esquecer-nos dos pobres: trata-se dum convite hoje mais atual do que nunca, que se impõe pela sua evidência evangélica”, sustenta.
Francisco elenca vários campos que exigem respostas concretas, como as migrações, as doenças, as prisões, o analfabetismo ou a ignorância religiosa.
“As obras de misericórdia, tocam toda a vida duma pessoa. Por isso, temos possibilidade de criar uma verdadeira revolução cultural precisamente a partir da simplicidade de gestos que podem alcançar o corpo e o espírito, isto é, a vida das pessoas”.
A carta apostólica conclui-se com a convicção de que se vive “o tempo da misericórdia” para todos os que sofrem, das mais diversas formas.
“Existem muitos sinais concretos de bondade e ternura para com os mais humildes e indefesos, os que vivem mais sozinhos e abandonados. Há verdadeiros protagonistas da caridade, que não deixam faltar a solidariedade aos mais pobres e infelizes”, refere o Papa.
E aqui , em nossa paróquia, podemos encontrar alguns protagonistas dessa bondade, que cuidam daqueles que são esquecidos pela sociedade. Os missionários da Casa Santa Clara, que assumiram essa tão linda missão de acolher e resgatar moradores de rua.
Mas para que essa missão prospere eles precisam da ajuda de toda a comunidade.
Como já foi dito, neste ano, o dia Mundial dos Pobres será celebrado no dia 19 de novembro, e neste dia a Casa Santa Clara e a Comunidade Padre Pio promoverão um evento que tem como tema “Com Deus tem jeito”, esse evento tem como objetivo resgatar e acolher o maior número possível de moradores de rua.
Será um dia pra cuidar da higiene pessoal, fazer uma boa refeição, e sobretudo ter um contato muito especial e pessoal com Deus através de muito louvor e oração.
Vamos ajudar comunidade?
Eles precisam de :
Cristiane Cordeiro Alves
Por Deise Previtalli Paniquar
Nossa Igreja nos propõe, durante o mês de setembro, refletirmos mais intensamente sobre a Palavra de Deus, e, ao debruçarmos sobre a Bíblia, Jesus arde em nosso peito fazendo surgir a figura daquele que mais propagou a fé cristã – o apóstolo Paulo, que, de perseguidor dos cristãos, tornou-se o maior divulgador da Boa Nova de Deus, solidificando a Igreja de Jesus Cristo. Apesar de toda dificuldade existente em sua época em pregar a Palavra de Deus, ele destemidamente se dirigiu a lugares nunca antes ouvido falar em Jesus ressuscitado. Assumiu, como trabalho de sua vida, fundar e sustentar a Igreja de Cristo, mergulhando no projeto de Jesus. Pregou o respeito de Jesus crucificado. Anunciou Jesus como rei, Senhor e Salvador, o único diante de cujo nome todo joelho deveria dobrar-se.
Apesar de tamanha distância entre a época em que Paulo viveu e o momento atual, os problemas que enfrentamos hoje são muito parecidos com aqueles enfrentados por Paulo. Vivemos num mundo secularizado, onde o egoísmo é o alimento de uma geração que grita alto a prepotência e a ganância, a preocupação com o próprio bem estar em detrimento ao bem estar da coletividade.
Paulo acreditava no amor ao próximo e insistia na defesa da vida e da comunidade através dos ensinamentos de Jesus.
O legado de Paulo foi manter a Igreja em estado de alerta. Diante de tantos desafios, não podemos nos assentar confortavelmente como se não fosse nossa responsabilidade dar continuidade ao projeto de Jesus. Existe uma saída para um novo modo de ser humano, seguindo os passos de Paulo, arraigado, através do batismo, no Messias, ou mais, particularmente, no amor do Deus.
Portanto, cabe a nós, cristãos, nos espelharmos em Paulo e acompanhar seus passos da mesma forma como ele seguiu o caminho de Jesus Cristo. Evangelizar trabalhando, defender a liberdade e a irmandade, tendo como único limite o amor, na certeza de que “ já não sou eu que vivo; é Cristo que vive em mim. E a vida que vivo agora na carne, eu a vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e se entregou a si mesmo por mim” (Gl 2, 20).
Por Padre Silvânio José da Silva
Amados irmãos, Pentecostes era para os judeus uma festa de grande alegria, pois era a festa das colheitas. Ação de graças pela colheita do trigo. Vinha gente de toda a parte: judeus saudosos que voltavam a Jerusalém, trazendo também pagãos amigos e prosélitos. Eram oferecidas as primícias das colheitas no templo. Era também chamada festa das sete semanas por ser celebrada sete semanas depois da festa da páscoa, no quinquagésimo dia. Daí o nome Pentecostes, que significa “quinquagésimo dia”.
No primeiro pentecostes, depois da morte de Jesus, cinquenta dias depois da páscoa, o Espírito Santo desceu sobre a comunidade cristã de Jerusalém na forma de línguas de fogo; todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas (At 2,1-4). As primícias da colheita aconteceram naquele dia, pois foram muitos os que se converteram e foram recolhidos para o Reino.
Quem é o Divino Espírito Santo?
O prometido por Jesus: “…ordenou-lhes que não se afastassem de Jerusalém, mas que esperassem a realização da promessa do Pai a qual, disse Ele, ouvistes da minha boca: João batizou com água; vós, porém, sereis batizados com o Espírito Santo dentro de poucos dias” (At 1,4-5).
Espírito que procede do Pai e do Filho: “quando vier o Paráclito, que vos enviarei da parte do Pai, o Espírito da Verdade que vem do Pai, ele dará testemunho de mim e vós também dareis testemunho…” (Jo 15 26-27). O Espírito Santo é Deus com o Pai e com o Filho. Sua presença traz consigo o Filho e o Pai. Por Ele somos filhos no Filho e estamos em comunhão com o Pai.
Portanto, amados irmãos, reunida com Maria, como na sua origem, a Igreja hoje reza: “Veni Sancte Spiritus! Vem, Espírito Santo, enche os corações dos teus fiéis e acende neles o fogo do teu amor!”. Amém.
Por Simone Cotrufo França
Quem sou eu meu Deus?
Mais uma vez a escuridão vem me dar bom dia. Ultimamente ela tem sido minha fiel companheira.
Meus dias são úmidos, sombrios e frequentemente me isolo na penumbra. Sempre com a mente perturbada pelo desconhecido. Mais uma vez estou de olhos fechados no quarto escuro vasculhando meus pensamentos e lembrando de todas as coisas que fiz. Sinto-me um monstro, cheio de ódio, cinismo e sarcasmo.
Quantas vezes não desejei que meu amigo se desse mal só para que ele aprendesse alguma lição? Quantas vezes, no silêncio do meu coração, achei meu amigo um tolo? Quantas vezes articulei e fiz manobras mirabolantes para conseguir o que eu queria sem me importar se iria prejudicar alguém?
Quem sou eu?
Ali na escuridão ninguém poderia ver meus pensamentos e nem saber o que se passava no meu íntimo. Queria poder ficar ali para sempre.
Encolhido e cheio de vergonha lembrei das vezes que não fui fiel, que não ajudei meu irmão e o fiz chorar.
Meu corpo tremia, estava tomado pelo desespero. Eu já havia feito muitas coisas ruins. O que seria de mim?
Em meio ao meu desconsolo, pude ouvir o som do radinho de pilha que ressoava do quarto ao lado.
Era minha mãe e seus infinitos programas religiosos.
Irritado pensei: Como ela pode ouvir isso o dia todo? Será que não posso nem me lamentar no silêncio do meu quarto?
Sai do meu estado depressivo e passei a escutar o que vinha através das ondas do rádio…”Tua fé te salvou…vás e não peques mais…(Lc 7,50) ” Se ninguém te condenou, eu também não te condeno”… (Jo 8,10-11)
Aquilo me interessou, afinal, parecia que havia uma solução para mim e meus erros.
Agucei os sentidos e continuei escutando.
“…Quem morre por um justo?…Jesus morreu por nós quando ainda éramos pecadores…” (cfe Rm 5, 5-10)“…Cristo deu-nos vida por sua morte..”
Tudo aquilo fazia sentido. Alguém já havia pago pelos meus erros. Se, daqui pra frente eu não os cometesse mais, eu estaria livre! LIVRE!!!!
Levantei da cama, corri para minha mãe, enchi-a de beijos e me impregnei de esperanças, afinal, Deus me dá a oportunidade de mudança a cada novo nascer do sol. Depende somente do meu querer. E eu quero. Eu quero ser livre.
Quem sou eu? Sou um pecador que foi salvo por um Deus de amor imenso e que me perdoa sempre e, portanto, sou feliz.
A exortação Apostólica publicada pelo Papa Francisco em abril passado, A Alegria do Amor (Amoris Laetitia), dirige-se para as famílias cristãs, falando sobre famílias cristãs.
Sem a intenção aqui de dissertar sobre essa exortação, vamos apenas tomar alguns instantes para pensar nas nossas próprias famílias. Ninguém seria arrogante o suficiente para afirmar que está dentro de uma família perfeita. Mas como é amada mesmo assim, não é mesmo?
E esse amor que existe dentro das famílias deve ser levado para fora, propagado e testemunhado. Nunca devemos desistir das nossas famílias, ou desanimar. Em sua exortação, Papa Francisco lembra-nos que a Bíblia traz, desde os primeiros capítulos, a história de várias famílias, gerações, suas crises, problemas, lutas, intrigas, e também suas vitórias e alegrias. Várias narrativas exemplificando a vitória do perdão e do amor, trazendo alegria para as famílias. É necessário que o amor seja cultivado, aprendido, cuidado constantemente dentro dos lares. E assim teremos a alegria, que é um dos frutos do Espírito Santo de Deus. Tendo recebido o Espírito Santo em nosso Batismo, somos capacitados para produzir seus frutos, começando dentro das nossas próprias casas.
O Santo Padre diz que “a vocação da família é o olhar fixo em Jesus.” (Cfe. AL 3). É necessário tomar muito cuidado para não desviarmos esse olhar e então termos outra prioridade dentro da família. Deus tem um plano para cada um de nós e também para nossas famílias. “A espiritualidade familiar e conjugal é feita de milhares de gestos reais e concretos” (cfe.AL 315). Entendemos assim que a espiritualidade é construída dia-a-dia e precisa da colaboração de todos os membros da família. Todos precisam estar dispostos e abertos ao perdão, tão necessário dentro dos lares, à humildade de reconhecer suas próprias falhas e limitações, e tolerância e paciência com as falhas e limitações do outro também. Muito simples falando, mas exige de nós exercício constante, perseverança heroica e confiança em Deus. É necessário, portanto, que as famílias rezem juntas, esquecendo o cansaço do final do dia e a falta de tempo. Os mais jovens devem aprender com os mais experientes a importância da oração, assim como mostra essa passagem do evangelho de São Lucas: “Estando em certo lugar orando, ao terminar, um de seus discípulos pediu-lhes: Senhor, ensina-nos a orar” (Cfe. Lc 11, 1). Os discípulos de Jesus foram testemunhas de que seu mestre estava sempre em oração antes de cada ação importante em seu ministério. Eles tiveram o exemplo cotidiano e então a lição foi aprendida.
A sua família reza unida? E, principalmente, reza antes dos momentos decisivos e importantes? Questões que preocupam e tiram a paz? Saúde, viagem, entrevista de emprego, testes? Ou então em agradecimento por mais um aniversário? Ou um novo projeto? Jesus ensinou a rezar em todos os momentos e por todas as circunstâncias. Nossos jovens e crianças precisam aprender a rezar. E suas famílias são as primeiras responsáveis por tal ensinamento e catequese.
Aprender sobre a Palavra de Deus e meditar em família, é também mais um passo no caminho da construção da espiritualidade familiar: “Felizes os que ouvem a Palavra de Deus e a põem em prática.” (Cfe Lc 11, 28)
Cada um dentro do seu papel: pai, mãe, filho, irmão, avó, tio, outro alguém talvez, que não tenha nosso sangue, mas assumiu um papel importante na história familiar, deve sempre estar em alerta e disponível, fazendo o que lhe cabe e não esperando que o outro dê o primeiro passo. Nossa família é muito amada e querida por Deus, do jeito que é. Assim foi pensada por Deus Pai Criador e dessa maneira em que se apresenta é o veículo que Ele quer usar para levar seu amor e alegria ao mundo. A família cristã deve ser a comunicadora e porta-voz da alegria da salvação que Jesus, de dentro de uma família, veio oferecer a todos nós.
Por Maristela Guimarães
Fontes: Bíblia Sagrada, Catecismo da Igreja Católica, http://br.radiovaticana.va/news/
Sou o padre Raimundo Carvalho Gordiano. Caboclo, nascido junto às margens do pequeno lago do Juariá, no município de Anamã, no Amazonas. Na região do Médio Rio Solimões (ou médio Rio Amazonas). Nasci em 23/07/1975. Em 1980, nossa pequena família migrou para Manacapuru- meu pai Juarez, minha mãe Maria do Carmo e duas irmãs; nessa cidade onde moram até hoje, fui vivenciando minhas primeiras experiências cristãs.
Comecei a participar da vida da igreja aos cinco anos de idade. Acompanhava minha mãe nas reuniões e celebrações das CEBs (Comunidade Eclesial de Base) e acompanhava a catequese infantil, com minhas irmãs Somos seis irmãs- quatro mulheres e dois homens. Por volta dos dez anos de vida comecei a pensar em ser padre. Em um curto espaço de tempo, na adolescência, desejei ser caminhoneiro e girar o mundo em alguma boleia. Felizmente me tornei peregrino do Reino de Deus. Ingressei no Seminário em 1995 e fui ordenado presbítero (padre) em 30/10/2004, na cidade onde minha família continua residindo- Manacapuru, Amazonas.
Deus é paciente conosco e comigo não é diferente. Sinto que todos os meus passos são bem preparados pelo Senhor. Foi assim antes de eu entrar no Seminário. Morei com um grupo de missionários canadenses por dez meses. Preparei-me e decidi entrar no seminário. Meus amigos já esperavam por isso. Houve um ano em que pensei em abandonar porque sentia que eu não tinha mais condições de continuar- meus amigos mais chegados, embora aceitassem o que eu decidisse, ficaram tristes só em pensar que eu não seria mais padre.
Costumo encarar os desafios que me são propostos, por acreditar que são oportunidades que Deus me concede para crescer como gente, como cristão e como padre. Por isso já no primeiro ano de padre, após seis meses de atuação na paróquia de São Pedro em Coari, aceitei ser pároco da paróquia NSra das Graças, em Codajás- Am. Fiquei por quatro anos nesta paróquia (2005-2009), depois fui enviado a Coari novamente, para ajudar na instalação da nova paróquia de NSra do Perpétuo Socorro (2010-2011). Em 2012, retornei para junto de minha família para atuar como pároco na paróquia Cristo Libertador onde permaneci até o final de 2015.
Sou padre diocesano, pertenço ao clero da diocese de Coari. Temos um projeto de formação permanente dos padres. Eu sou o 5º padre enviado para aprofundar os estudos. Um dos nossos, além do mestrado iniciou o doutorado; os demais fizeram o mestrado, o que também estou a fazer. Estudo a linha de pesquisa da teologia da missão. Liberado para permanecer na Paróquia São João Batista por dois anos, enquanto concluo o mestrado.
O ministério Presbiteral é o caminho que Deus me concedeu para minha realização humana. Mas ainda não estou pronto. Só estarei pronto quando chegar minha hora de partir desse mundo eu for capaz de dizer, eu te agradeço Senhor por ter permitido eu fazer o bem às pessoas; se eu puder viver de novo, quero ser padre novamente. Em cada etapa de minha vida as emoções parecem ser mais intensas e ao mesmo tempo mais refinadas. Às vezes me sinto profundamente emocionado com coisas que antes nem percebia- mas aqui destaco o fato de eu aprender a ser amigo. Tenho amigos que passo de ano sem ter um sinal, mas nunca deixamos de nos alegrar quando nos encontramos (a internet agora ajuda a superar essas ausências); destaco também a alegria de estar aberto a qualquer boa experiência e me sinto feliz quando encaro dificuldades na missão. E como diz São Paulo: sei viver na escassez e na abundância.
Finalizando, digo que os desafios propostos pelo Senhor sempre nos levam avante. Estarmos dispostos interiormente a encará-los, sempre nos faz melhor. Permite crescimento e nos torna mais capaz de amar, de servir e até o ponto de nos transformar em amor.
Pe. Raimundo Gordiano