Autor: Webmaster

  • Festividade de São João Batista 20/06/2015

    Festividade de São João Batista 20/06/2015

    MISSA PELAS VOCAÇÕES

    No sábado dia 20, às 16h, a celebração da santa missa inaugurou o Tríduo preparatório para as festividades do nosso padroeiro, São João Batista  e foi especialmente dedicada para as vocações.

    Presidida pelo Pe. Joel Nery da Paróquia Nossa Senhora de Fátima, em Santo André, a liturgia foi organizada pelos catequistas e catequisandos da Crisma, pela Pastoral da Comunicação, além da própria equipe da liturgia.

    Na linda homilia feito pelo Pe. Joel, ele enfatizou a necessidade da nossa oração pedindo a Deus para conseguirmos ouvir ao Seu chamado e sermos perseverantes e confiantes, mesmo durante as tempestades da vida.

    A pedido do Pe. Beto, que convidou o pessoal da Crisma e da Pascom para ir até a frente do altar, o presidente da celebração deu uma benção especial para as vocações.

    Obrigada pela sua visita, testemunho e entusiasmo Pe. Joel.  Vamos esperar ansiosos pela próxima oportunidade de ouvir suas palavras.

  • Mensagem de D. Pedro à Diocese de Sto. André

    Mensagem de D. Pedro à Diocese de Sto. André

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    MENSAGEM DE SAUDAÇÃO À DIOCESE DE SANTO ANDRÉ

    “Em nome de Je­sus” (Cl 3,17), ve­nho até vo­cês ama­dos ir­mãos e ir­mãs da Di­o­cese de Santo An­dré, para sau­dar a to­dos com um abraço fra­terno. Dirijo-me a to­dos vo­cês, mem­bros desta Igreja que está nos mu­ni­cí­pios de Santo An­dré, São Ber­nardo, São Ca­e­tano, Di­a­dema, Mauá, Ri­bei­rão Pi­res e Rio Grande da Serra. Saúdo to­das as au­to­ri­da­des cons­ti­tuí­das no po­der le­gis­la­tivo, ju­di­ciá­rio e exe­cu­tivo. Dirijo-me fra­ter­nal­mente às pes­soas de boa von­tade, que mesmo não co­mun­gando a fé ca­tó­lica, tra­ba­lham pelo bem do pró­ximo e cons­tru­ção de uma so­ci­e­dade justa e fra­terna.

    Deus sem­pre nos sur­pre­ende, como diz o Papa Fran­cisco. Surpreendeu-me com a no­me­a­ção para ser vosso novo Bispo. Com o co­ra­ção nas mãos quero fa­lar de co­ra­ção a co­ra­ção pois, para vós sou bispo mas con­vosco sou cris­tão que busca cum­prir a mis­são.

    A Di­o­cese de Santo An­dré é que­rida e des­ta­cada na Igreja do Bra­sil por sua his­tó­ria e atu­a­ção em fa­vor do Reino de Deus, na Re­gião Me­tro­po­li­tana da Grande São Paulo, a Re­gião do ABC; Neste lo­cal que é por as­sim di­zer o cen­tro in­dus­trial de nosso País. Saúdo o Sr. Car­deal Ar­ce­bispo e os bis­pos da Pro­vín­cia Ecle­siás­tica de São Paulo e Sub-Regional. São meus ir­mãos que­ri­dos.

    A tra­je­tó­ria bo­nita e atu­ante, os gran­des bis­pos que por aí pas­sa­ram, o em­pe­nho do pres­bi­té­rio, diá­co­nos, se­mi­na­ris­tas, re­li­gi­o­sos, re­li­gi­o­sas e con­sa­gra­dos in­se­ri­dos nesta Igreja, e a força da atu­a­ção dos cris­tãos lei­gos e lei­gas, dis­cí­pu­los e mis­si­o­ná­rios do Evan­ge­lho, tes­te­mu­nham uma Igreja ma­dura nos seus 60 anos de ca­mi­nhada. Igreja que deve con­ti­nuar avan­çando sem­pre mais, unida e sem medo de lan­çar as re­des em águas mais pro­fun­das.

    Uma sau­da­ção es­pe­cial aos pa­dres que for­mam o que­rido Pres­bi­té­rio: “vós sois tes­te­mu­nhas do so­fri­mento de Cristo e par­ti­ci­pan­tes da gló­ria que vai ser re­ve­lada” (1Pd 5,1). Con­tem co­migo, as­sim como es­pero po­der con­tar com vo­cês! Saúdo a to­dos com afeto de pai, ir­mão e amigo.

    Pe­rante to­dos vo­cês, di­o­ce­sa­nos, eu ve­nho, “em nome de Je­sus”, para amar e ser­vir na fun­ção que mis­te­ri­o­sa­mente me foi con­fi­ada, não por meus mé­ri­tos, mas pela in­fi­nita graça e mi­se­ri­cór­dia de Deus. Sei que Deus es­co­lhe o fraco e des­pre­zí­vel, para fa­zer bri­lhar uni­ca­mente o seu po­der. Sinto-me re­al­mente pe­queno e li­mi­tado, di­ante da gran­di­o­si­dade desta Igreja e da mis­são a re­a­li­zar. Mas as­sim como São Paulo, sinto o Se­nhor dizer-me: “Não te­nhas medo…nesta ci­dade há um povo nu­me­roso que me per­tence” (At 18,9).

    En­quanto o Sr. Nún­cio, comunicava-me que o Papa Fran­cisco, a quem saúdo re­ve­rente, ti­nha me no­me­ado para ser o 5º bispo de Santo An­dré, e encorajava-me a acei­tar a mis­são, su­pli­quei a Deus e senti que, o aban­dono cons­ci­ente à sua von­tade tem uma força que ins­pira co­ra­gem. Con­fio no apoio do amado ir­mão Dom Nel­son Wes­trupp, que impôs as mãos so­bre mim na or­de­na­ção epis­co­pal, eu o quero muito bem e o saúdo com afeto. Como bispo emé­rito con­ti­nu­ará con­tando com nosso apoio, ca­ri­nho e ad­mi­ra­ção.

    Con­fio na ajuda de to­dos vo­cês, ir­mãs e ir­mãos lei­gos que, pelo ba­tismo, são cha­ma­dos à san­ti­dade. An­te­ci­pa­da­mente agra­deço a ca­ri­dade que ti­ve­rem para co­migo.

    Ve­nho para amar e ser­vir em nome de Je­sus na en­trega sin­cera de mi­nha po­bre vida. De agora em di­ante vo­cês são a mi­nha Igreja e Fa­mí­lia, à qual o Se­nhor me en­via para ser­vir como pai e pas­tor, mi­nha “fa­mí­lia, mo­rada de Deus, edi­fi­cada so­bre o fun­da­mento dos após­to­los e pro­fe­tas, do qual é Cristo Je­sus a pe­dra an­gu­lar” (Ef 2,19 – 20). Quero ser para to­dos o amigo certo nas ho­ras in­cer­tas, o bom pas­tor se­gundo o co­ra­ção de Cristo Je­sus. Me aju­dem!

    No co­ra­ção do Evan­ge­lho está a men­sa­gem do Reino de Deus: ”Só o Reino é ab­so­luto, e faz com que se torne re­la­tivo tudo o mais que não se iden­ti­fica com ele” (Paulo VI – EN 8). Con­clamo nossa Igreja para que con­ti­nue de­di­cada à mis­são em fa­vor do Reino, con­ser­vando o te­souro da fé re­ce­bida dos após­to­los. A Igreja é se­mente do Reino de jus­tiça, paz e vida para to­dos (Vat. II — LG 5), ela tem como fi­na­li­dade, sua im­plan­ta­ção. As­sim pro­ce­dendo sa­be­mos que tudo o mais nos será dado por acrés­cimo (cf. Mt 6,33)

    Va­mos ca­mi­nhar jun­tos pois o amor de Cristo nos uniu. Per­ma­ne­ça­mos uni­dos neste amor e não só reu­ni­dos. A união faz a força que vence o mal pelo bem. Aos po­bres e so­fre­do­res, aos que es­tão sem es­pe­rança, meu ca­ri­nho e con­forto. Em nome de Je­sus em nome de Je­sus es­ta­re­mos con­vosco. Co­ra­gem!

    Muito me ale­grei quando soube ser Nossa Se­nhora do Carmo pa­dro­eira da Ca­te­dral. A ela sou con­sa­grado. Tem sido para mim, mãe, pro­te­tora e mo­delo de fé e es­pe­rança. Con­fio a ela mi­nha mis­são como Bispo de Santo An­dré. Por Ma­ria Deus nos deu o maior te­souro: Je­sus, Ca­mi­nho Ver­dade e Vida. Que ela in­ter­ceda por nós.

    Ao saudar-vos, já levo a to­dos no co­ra­ção. “Peço que lu­tem co­migo nas ora­ções que vo­cês di­ri­gem a Deus em meu fa­vor” (Rm 15,30). Nos en­con­tra­re­mos dia 26 de ju­lho, um do­mingo, data já mar­cada para a posse em co­mum acordo com Dom Nel­son.

    Aben­çoo a to­dos. Co­ra­gem! Que a paz, ale­gria e a graça do Se­nhor Je­sus Cristo es­te­jam com vo­cês.

    + Dom Pe­dro Car­los Ci­pol­lini

    Bispo Eleito de Santo André-SP

  • 49º Dia Mundial das Comunicações Sociais

    49º Dia Mundial das Comunicações Sociais

    “Comunicar a família: “Comunicar a família: ambiente privilegiado do encontro na gratuidade do amor” é o tema da mensagem para o  49º Dia Mundial das Comunicações Sociais. O evento será celebrado no dia 17 de maio, domingo que antecede Pentecostes.

     

    Mensagem de Sua Santidade o Papa Francisco

    49º Dia Mundial das Comunicações Sociais

    17 de Maio de 2015

    Tema: “Comunicar a família: ambiente privilegiado do encontro na gratuidade do amor”

    O tema da família encontra-se no centro duma profunda reflexão eclesial e dum processo sinodal que prevê dois Sínodos, um extraordinário – acabado de celebrar – e outro ordinário, convocado para o próximo mês de Outubro. Neste contexto, considerei  oportuno que o tema do próximo Dia Mundial das Comunicações Sociais tivesse como ponto de referência a família. Aliás, a família é o primeiro lugar onde aprendemos a comunicar. Voltar a este momento originário pode-nos ajudar quer a tornar mais autêntica e humana a comunicação, quer a ver a família dum novo ponto de vista.

    Podemos deixar-nos inspirar pelo ícone evangélico da visita de Maria a Isabel (Lc 1, 39-56). “Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, o menino saltou-lhe de alegria no seio e Isabel ficou cheia do Espírito Santo. Então, erguendo a voz, exclamou: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre” (vv. 41-42).

    Este episódio mostra-nos, antes de mais nada, a comunicação como um diálogo que tece com a linguagem do corpo. Com efeito, a primeira resposta à saudação de Maria é dada pelo menino, que salta de alegria no ventre de Isabel. Exultar pela alegria do encontro é, em certo sentido, o arquétipo e o símbolo de qualquer outra comunicação, que aprendemos ainda antes de chegar ao mundo. O ventre que nos abriga é a primeira “escola” de comunicação, feita de escuta e contato corporal, onde começamos a familiarizar-nos com o mundo exterior num ambiente protegido e ao som tranquilizador do pulsar do coração da mãe. Este encontro entre dois seres simultaneamente tão íntimos e ainda tão alheios um ao outro, um encontro cheio de promessas, é a nossa primeira experiência de comunicação. E é uma experiência que nos irmana a todos, pois cada um de nós nasceu de uma mãe.

    Mesmo depois de termos chegado ao mundo, em certo sentido permanecemos num “ventre”, que é a família. Um ventre feito de pessoas diferentes, interrelacionando-se: a família é “o espaço onde se aprende a conviver na diferença” (Exort. ap. Evangelii gaudium, 66). Diferenças de géneros e de gerações, que comunicam, antes de mais nada, acolhendo-se mutuamente, porque existe um vínculo entre elas. E quanto mais amplo for o leque destas relações, tanto mais diversas são as idades e mais rico é o nosso ambiente de vida. O vínculo está na base da palavra, e esta, por sua vez, revigora o vínculo. Nós não inventamos as palavras: podemos usá-las, porque as recebemos. É em família que se aprende a falar na “língua materna”, ou seja, a língua dos nossos antepassados (cf. 2 Mac 7, 21.27). Em família, apercebemo-nos de que outros nos precederam, nos colocaram em condições de poder existir e, por nossa vez, gerar vida e fazer algo de bom e belo. Podemos dar, porque recebemos; e este circuito virtuoso está no coração da capacidade da família de ser comunicada e de comunicar; e, mais em geral, é o paradigma de toda a comunicação.

    A experiência do vínculo que nos “precede” faz com que a família seja também o contexto onde se transmite aquela forma fundamental de comunicação que é a oração. Muitas vezes, ao adormecerem os filhos recém-nascidos, a mãe e o pai entregam-nos a Deus, para que vele por eles; e, quando se tornam um pouco maiores, põem-se a recitar juntamente com eles orações simples, recordando carinhosamente outras pessoas: os avós, outros parentes, os doentes e atribulados, todos aqueles que mais precisam da ajuda de Deus. Assim a maioria de nós aprendeu, em família, a dimensão religiosa da comunicação, que, no cristianismo, é toda impregnada de amor, o amor de Deus que se dá a nós e que nós oferecemos aos outros.

    Na família, é sobretudo a capacidade de se abraçar, apoiar, acompanhar, decifrar olhares e silêncios, rir e chorar juntos, entre pessoas que não se escolheram e todavia são tão importantes uma para a outra… é sobretudo esta capacidade que nos faz compreender o que é verdadeiramente a comunicação enquanto descoberta e construção de proximidade. Reduzir as distâncias, saindo mutuamente ao encontro e acolhendo-se, é motivo de gratidão e alegria: da saudação de Maria e do saltar de alegria do menino deriva a bênção de Isabel, seguindo-se-lhe o belíssimo cântico do Magnificat, no qual Maria louva o amoroso desígnio que Deus tem sobre Ela e o seu povo. De um “sim” pronunciado com fé, derivam consequências que se estendem muito para além de nós mesmos e se expandem no mundo. “Visitar” supõe abrir as portas, não encerrar-se no próprio apartamento, sair, ir ter com o outro. A própria família é viva, se respira abrindo-se para além de si mesma; e as famílias que assim procedem, podem comunicar a sua mensagem de vida e comunhão, podem dar conforto e esperança às famílias mais feridas, e fazer crescer a própria Igreja, que é uma família de famílias.

    Mais do que em qualquer outro lugar, é na família que, vivendo juntos no dia-a-dia, se experimentam as limitações próprias e alheias, os pequenos e grandes problemas da coexistência e do pôr-se de acordo. Não existe a família perfeita, mas não é preciso ter medo da imperfeição, da fragilidade, nem mesmo dos conflitos; preciso é aprender a enfrentá-los de forma construtiva. Por isso, a família onde as pessoas, apesar das próprias limitações e pecados, se amam, torna-se uma escola de perdão. O perdão é uma dinâmica de comunicação: uma comunicação que definha e se quebra, mas, por meio do arrependimento expresso e acolhido, é possível reatá-la e fazê-la crescer. Uma criança que aprende, em família, a ouvir os outros, a falar de modo respeitoso, expressando o seu ponto de vista sem negar o dos outros, será um construtor de diálogo e reconciliação na sociedade.

    Muito têm para nos ensinar, a propósito de limitações e comunicação, as famílias com filhos marcados por uma ou mais deficiências. A deficiência motora, sensorial ou intelectual sempre constitui uma tentação a fechar-se; mas pode tornar-se, graças ao amor dos pais, dos irmãos e doutras pessoas amigas, um estímulo para se abrir, compartilhar, comunicar de modo inclusivo; e pode ajudar a escola, a paróquia, as associações a tornarem-se mais acolhedoras para com todos, a não excluírem ninguém.

    Além disso, num mundo onde frequentemente se amaldiçoa, insulta, semeia discórdia, polui com as murmurações o nosso ambiente humano, a família pode ser uma escola de comunicação feita de bênção. E isto, mesmo nos lugares onde parecem prevalecer como inevitáveis o ódio e a violência, quando as famílias estão separadas entre si por muros de pedras ou pelos muros mais impenetráveis do preconceito e do ressentimento, quando parece haver boas razões para dizer “agora basta”; na realidade, abençoar em vez de amaldiçoar, visitar em vez de repelir, acolher em vez de combater é a única forma de quebrar a espiral do mal, para testemunhar que o bem é sempre possível, para educar os filhos na fraternidade.

    Os meios mais modernos de hoje, irrenunciáveis sobretudo para os mais jovens, tanto podem dificultar como ajudar a comunicação em família e entre as famílias. Podem-na dificultar, se se tornam uma forma de se subtrair à escuta, de se isolar apesar da presença física, de saturar todo o momento de silêncio e de espera, ignorando que “o silêncio é parte integrante da comunicação e, sem ele, não há palavras ricas de conteúdo” (BENTO XVI, Mensagem do 49º Dia Mundial das Comunicações Sociais, 24/1/2012); e podem-na favorecer, se ajudam a narrar e compartilhar, a permanecer em contato com os de longe, a agradecer e pedir perdão, a tornar possível sem cessar o encontro. Descobrindo diariamente este centro vital que é o encontro, este “início vivo”, saberemos orientar o nosso relacionamento com as tecnologias, em vez de nos deixarmos arrastar por elas. Também neste campo, os primeiros educadores são os pais. Mas não devem ser deixados sozinhos; a comunidade cristã é chamada a colocar-se ao seu lado, para que saibam ensinar os filhos a viver, no ambiente da comunicação, segundo os critérios da dignidade da pessoa humana e do bem comum.

    Assim o desafio que hoje se nos apresenta, é aprender de novo a narrar, não nos limitando a produzir e consumir informação, embora esta seja a direção para a qual nos impelem os potentes e preciosos meios da comunicação contemporânea. A informação é importante, mas não é suficiente, porque muitas vezes simplifica, contrapõe as diferenças e as visões diversas, solicitando a tomar partido por uma ou pela outra, em vez de fornecer um olhar de conjunto.

    No fim de contas, a própria família não é um objeto acerca do qual se comunicam opiniões nem um terreno onde se combatem batalhas ideológicas, mas um ambiente onde se aprende a comunicar na proximidade e um sujeito que comunica, uma “comunidade comunicadora”. Uma comunidade que sabe acompanhar, festejar e frutificar. Neste sentido, é possível recuperar um olhar capaz de reconhecer que a família continua a ser um grande recurso, e não apenas um problema ou uma instituição em crise. Às vezes os meios de comunicação social tendem a apresentar a família como se fosse um modelo abstrato que se há de aceitar ou rejeitar, defender ou atacar, em vez duma realidade concreta que se há de viver; ou como se fosse uma ideologia de alguém contra outro, em vez de ser o lugar onde todos aprendemos o que significa comunicar no amor recebido e dado. Ao contrário, narrar significa compreender que as nossas vidas estão entrelaçadas numa trama unitária, que as vozes são múltiplas e cada uma é insubstituível.

    A família mais bela, protagonista e não problema, é aquela que, partindo do testemunho, sabe comunicar a beleza e a riqueza do relacionamento entre o homem e a mulher, entre pais e filhos. Não lutemos para defender o passado, mas trabalhemos com paciência e confiança, em todos os ambientes onde diariamente nos encontramos, para construir o futuro.

    Vaticano, 23 de Janeiro – Vigília da Festa de São Francisco de Sales – de 2015.

    Papa Francisco